COM FERIADO EM SÃO PAULO, SOJA TEM DIA DE BAIXA LIQUIDEZ E POUCA ALTERAÇÃO NOS PREÇOS
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana pouco movimentado nas diferentes praças de negociação do país. Em dia de baixa liquidez, por conta do feriado da Revolução Constitucionalista no estado de São Paulo, e à espera do relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços físicos da soja encerraram pouco alterados na maioria das regiões e o mercado permaneceu vazio de ofertas. Em Chicago, a commodity ampliou os ganhos perto do fechamento, o que fez com que algumas cotações avançassem, porém sem negócios significativos registrados no país.
RS: cotações nominais em um mercado pouco ofertado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de agosto/21, indicações nominais de compra entre R$ 166 e R$ 167 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 165,50. No interior do estado, indicações entre R$ 159,50 e R$ 160,50 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: pouca movimentação no estado e preços firmes. Para embarque e pagamento em meados de agosto deste ano, indicações nominais de compra entre R$ 166,50 e R$ 167,50 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 161,50 por saca para embarque e pagamento em meados de julho/agosto deste ano, porém sem contrapartida de vendas.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, em queda no farelo e mistos no óleo na sextafeira. Nas posições spot, ganhos de 0,98% no grão, e perdas de 0,78% no farelo e de 2,86% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,0450 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 14,04 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 8 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/21 operava com ganhos de 7 pontos, com negócios a US$ 13,7225 por bushel.
• À espera do relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a previsão de longo prazo de retorno do tempo seco e de altas temperaturas no Meio Oeste garantiram a recuperação.
• O USDA deve reduzir a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,374 bilhões de bushels em 2021/22. Em junho, a previsão ficou em 4,405 bilhões de bushels. No ano passado, a produção foi de 4,135 bilhões.
• Para os estoques, o mercado aposta estimativa de 140 milhões. Em junho, o USDA indicou estoques em 155 milhões de bushels. A previsão para 2020/21 deverá passar de 135 milhões para 136 milhões de bushels.
• Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 92,3 milhões de toneladas, contra 92,6 milhões estimados em junho. Para 2020/21, a previsão deverá passar de 88 milhões para 87,6 milhões de toneladas.
• A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá ter sua estimativa mantida em 137 milhões de toneladas. A safra argentina pode ter corte, passando de 47 milhões para 46,4 milhões de toneladas.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 63.800 toneladas na semana encerrada em 1 de julho. Representa um recuo de 31% frente à semana anterior e uma retração de 19% sobre a média das últimas quatro semanas. O México liderou as importações, com 38.000 toneladas.
• Para 2021/22, foram mais 118.500 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 200 mil e 775 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.
CHINA O índice de preços ao produtor da China subiu 8,8% em junho em relação ao mesmo período do ano anterior, desacelerando após a alta no maior nível em 13 anos, de 9,0% de maio, segundo informações do departamento de estatísticas do país. O dado veio em linha com a previsão dos analistas. Na comparação com o mês imediatamente anterior, o índice de preços ao produtor da China avançou 0,3% em maio, após a alta de 1,6% em maio.
CÂMBIO O dólar comercial encerrou a curta sessão de hoje, devido ao feriado em São Paulo, em queda de 0,31%, sendo negociado a R$ 5,2393 para venda. Apesar de abrir em ligeira alta, a queda para a moeda norte-americana era esperada devido ao movimento externo, onde o dólar já perdia frente as divisas de países emergentes.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.