SOJA TEM NOVA SESSÃO DE FIRMES PERDAS EM CHICAGO, PREÇOS RECUAM NO FÍSICO E MERCADO SEGUE TRAVADO NO PAÍS
Na quinta-feira, o mercado interno de soja esteve travado nas diversas praças de negociação do país. Diante de mais uma sessão de perdas acentuadas em Chicago, os preços físicos da oleaginosa recuaram significativamente e somente lotes pontuais foram comercializados no país. A moeda norte-americana registrou ligeiros ganhos, permanecendo acima do patamar de R$ 5,60 por dólar e impedindo uma queda mais consistente dos preços. Temendo por novas quedas e com o ritmo acelerado dos trabalhos de plantio, a ponta vendedora tem demonstrado maior interesse em negociar o volume restante da safra.
RS: preços acentuadamente mais baixos em um mercado travado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de junho/22, indicações de compra entre R$ 162 e R$ 163 por saca CIF. No interior do estado, indicações até R$ 165 por saca FOB para embarque e pagamento no final do mês de novembro, também no melhor momento do dia.
PR: mercado bastante lento e cotações recuando significativamente. Para embarque imediato e pagamento no final do mês de novembro, indicações nominais entre R$ 164 e R$ 165 por saca CIF na região portuária. Na região oeste do estado, indicações nominais na faixa de R$ 160 por saca para embarque e pagamento também no final do mês de novembro.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão, no farelo e no óleo na quinta-feira. Nas posições spot, perdas de 1,80% no grão, de 1,46% no farelo e de 2,37% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 12,3325 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 12,0925 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com perdas de até 22 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/22 operava com perdas de 19,50 pontos, com negócios a US$ 12,3575 por bushel.
• O mercado acentuou as perdas nos últimos negócios. Segundo a Agência Reuters, pesou negativamente a expectativa de aumento na produção e na produtividade dos Estados Unidos por parte do Departamento de Agricultura do país (USDA), que divulga seu relatório de oferta e demanda no dia 9 de novembro. O bom andamento do plantio no Brasil completou o quadro baixista.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1 de setembro, ficaram em 1.863.900 toneladas na semana encerrada em 28 de outubro. Representa um avanço de 58% frente à semana anterior e uma elevação de 19% sobre a média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 1.207.300 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1,1 milhão e 1,8 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
CHINA A comunidade mundial deve tomar medidas mais decisivas para combater as mudanças climáticas, de acordo com declarações do presidente da China, Xi Jinping. As informações são da agência de notícias "Sputnik". "Todas as partes devem cumprir suas promessas, estabelecer metas que sejam alcançáveis na prática e fazer todo o possível para promover a implementação de medidas de combate às mudanças climáticas de acordo com as condições nacionais", disse Xi, segundo comunicado do Ministério de Relações Exteriores da China.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em R$ 5,6080, com alta de 0,33%. Pressionada, principalmente, pela apreensão com o futuro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, a moeda norte-americana não arrefeceu durante toda sessão, refletindo as incertezas do mercado. Segundo o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, "como a votação ficou em aberto e o placar foi apertado, o mercado está temeroso com um revés no segundo turno". O segundo turno da votação deve ocorrer na próxima terça, dia 9.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.