SOJA ATINGE MAIOR PATAMAR EM 6 ANOS EM CHICAGO, PREÇOS SEGUEM FIRMES, MAS MERCADO CONTINUA TRAVADO
Na quarta-feira, o mercado interno de soja permaneceu lento nas diferentes praças de negociação do país. Em mais uma sessão marcada pela volatilidade, com a commodity oscilando entre os territórios positivo e negativo ao longo do pregão, as cotações encerraram no maior patamar desde agosto de 2014. O câmbio operou lateralizado, fechando com ligeiros ganhos. Com a chegada do feriado de Ano Novo e com o mercado vazio de ofertas, os agentes continuam distantes das negociações e, apesar da firmeza dos preços domésticos, a comercialização segue arrastada.
RS: dia de mercado bastante lento e cotações nominais. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 153 por saca no melhor momento do dia. No interior do estado, havia possibilidade de negócios entre R$ 145 e R$ 146 por saca CIF para embarque e pagamento em meados de dezembro/janeiro, porém sem contrapartida de vendas.
PR: preços nominais no estado e mercado vazio de ofertas. Para embarque e pagamento em meados de março/21, indicações de compra na faixa de R$ 150 por saca CIF na região portuária, também no melhor momento do dia. Na região oeste, indicações nominais na faixa de R$ 145 por saca no disponível, porém não houve registro de volumes significativos comercializados.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam mistos no grão e em alta no farelo e no óleo na quarta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,63% no grão, de 1,26% no farelo e de 0,44% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato janeiro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 13,0825 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 13,0375/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 2 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/21 operava com ganhos de 0,5 ponto, com negócios a US$ 12,9650 por bushel.
• O mercado oscilou ao longo do dia, com parte dos investidores embolsando lucros acumulados recentemente. Os preços estão no maior nível desde agosto de 2014.
• O fim da greve dos trabalhadores do setor de soja na Argentina - fato que deve alavancar as exportações do país nos próximos dias - abriu espaço para a correção. No final da sessão, porém, os preços se consolidaram no território positivo, sustentados pela continuidade do clima seco na América do Sul.
CHINA O departamento oficial de estatísticas da China revisou para baixo o crescimento econômico de 2019, fornecendo uma base mais baixa para a taxa de crescimento deste ano. Segundo o órgão, o Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2019 foi revisado de 6,1%, registrados na leitura preliminar, para 6,0%.
CÂMBIO O dólar comercial encerrou a última sessão do ano em alta de 0,15%, negociado a R$ 5,1890 para venda. Ao finalizar neste patamar, a moeda norte-americana registrou forte valorização de 29,27% ao longo de 2020. O último pregão do ano não reservou grandes emoções, já que foi dia de formação de Ptax, deixando a divisa operando perto da estabilidade durante boa parte do dia.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.