EM DIA DE USDA, PREÇOS DA SOJA AVANÇAM E NEGÓCIOS MODERADOS SÃO REPORTADOS
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana calmo nas principais praças de negociação do país. Em dia de relatório de oferta e demanda de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços físicos da oleaginosa avançaram, porém poucos lotes foram comercializados. Apesar das perdas em Chicago, o câmbio voltou a se aproximar dos R$ 5,70 por dólar e sustentou as cotações internas. Com pouca oferta no disponível, os foco dos agentes permanece na finalização dos trabalhos de colheita, que atingem 83,3% da área total estimada.
RS: mercado pouco movimentado e preços de estáveis a mais altos. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de maio/junho’21, indicações nominais entre R$ 178,50 e R$ 179 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 174. No interior do estado, comprador indicando entre R$ 166 e R$ 167 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: cotações avançando no estado e negócios moderados reportados. Para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicação de compra na faixa de R$ 181 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicação de compra a R$ 169 por saca no disponível.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão e no óleo, e mistos no farelo na sexta-feira. Nas posições spot, perdas de 0,86% no grão, de 1,37% no farelo e de 0,99% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato maio/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,19 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 14,03 por bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 3 pontos nos principais vencimentos. O vencimento jul/21 operava com ganhos de 2,75 pontos, com negócios a US$ 14,1250 por bushel.
• O mercado reage negativamente ao relatório de oferta e demanda de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado há pouco, que manteve os estoques finais do pás, quando era esperado um corte.
• O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,135 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 112,53 milhões de toneladas, repetindo o relatório anterior.
• Os estoques finais estão estimados em 120 milhões de bushels ou 3,26 milhões de toneladas, sem alteração. O mercado apostava em carryover de 119 milhões ou 3,24 milhões de toneladas.
• Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 136 milhões de toneladas, contra 134 milhões de março. O mercado apostava em safra de 134,4 milhões de toneladas.
• A Argentina deverá produzir 47,5 milhões de toneladas, repetindo a previsão anterior. O mercado estimava um corte, para 46,8 milhões de toneladas. A previsão de importação da China foi mantida em 100 milhões de toneladas.
CHINA Os Estados Unidos estão observando de perto as ações agressivas da China contra Taiwan e têm preocupações crescentes sobre isso, disse a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki em coletiva de imprensa. "Temos expressado claramente de forma pública e privada nossas crescentes preocupações sobre a agressão da China contra Taiwan", afirmou ela. "A China está tomando medidas cada vez mais coercitivas para minar a democracia em Taiwan. Vimos um aumento preocupante na atividade militar da RPC no Estreito de Taiwan, que nós acreditamos ser potencialmente desestabilizador. Portanto, estamos monitorando", concluiu.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em forte alta de 1,79% no mercado à vista, cotado a R$ 5,6740 para venda. em sessão de forte oscilação em campo positivo acompanhando o exterior, onde a moeda ganhou terreno ante as divisas de países emergentes, enquanto aqui, rumores em relação ao Orçamento de 2021 pesaram no movimento de proteção no mercado doméstico. Porém, a moeda engatou a segunda semana de queda (-0,65%).
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.