COM CHICAGO E DÓLAR EM DIREÇÕES OPOSTAS, PREÇOS DA SOJA FICAM PREDOMINANTEMENTE ESTÁVEIS NO PAÍS
Na quarta-feira, o mercado interno de soja manteve-se calmo nas diversas praças de negociação do país. Na sessão de hoje, a moeda norte-americana seguiu sua tendência de alta e renovou a máxima histórica pelo terceiro pregão consecutivo. Já em Chicago, a oleaginosa registrou sua sexta queda consecutiva. Diante disso, as cotações permanecem predominantemente estáveis no mercado físico e poucos negócios são reportados com soja. Com os agentes distantes das negociações, o foco permanece no plantio, que com o retorno das chuvas nas regiões onde havia atraso, tende a apresentar bom avanço na semana.
RS: negócios moderados foram reportados e as cotações ficaram de estáveis a mais baixas. Na região portuária, as indicações estavam na faixa de R$ 90 por saca CIF para embarque e pagamento em meados de junho/20. Na região de Passo Fundo, havia possibilidade de negócios na faixa de R$ 84,50 também para pagamento e entrega em meados de junho/20.
PR: os preços permanecem estáveis e o mercado segue calmo no estado. Na região portuária, o comprador sinalizava R$ 91,50 por saca para embarque imediato e pagamento no final do mês de dezembro, mas sem registro de lotes significativos comercializados.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão e no farelo, e mistos no óleo na quarta-feira. Nas posições spot, as perdas foram de 0,25% no grão e 0,30% no farelo, e ganhos de 0,49% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/19 atingiu a máxima de US$ 8,8750 por bushel. No final da sessão, trocava de mãos a US$ 8,82 por bushel, com queda de 2,25 pontos. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com perdas de até 1,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/20 operava com queda de 0,5 ponto, com negócios a US$ 8,9825 por bushel.
• O mercado não consolidou a recuperação esboçada no início do dia com um movimento de compras por parte de fundos. Esta foi a sexta sessão negativa seguida e a sétima queda em oito dias. Os preços estão no menor nível desde 11 de setembro.
• O mercado não deve ter movimentos significativos até que surjam novidades sobre as negociações entre Estados Unidos e China. Além das incertezas em torno da guerra comercial, a ocorrência de chuvas benéficas às lavouras do Brasil e da Argentina também favoreceu os preços.
CHINA O presidente do Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país está na "fase final" de negociações comerciais com a China, e que está acompanhando a situação em Hong Kong, onde protestos pró-democracia acontecem há cerca de cinco meses. Falando a repórteres ontem na Casa Branca, ao ser questionado se tem uma mensagem para a população de Hong Kong, Trump afirmou: "Estamos com eles. Eu tenho um relacionamento muito bom, como vocês sabem, com o presidente Xi [Jinping, da China]."
CÂMBIO O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,40%, sendo negociado a R$ 4,2580 para venda e a R$ 4,2560 para compra. Durante o dia, a moeda norteamericana oscilou entre a mínima de R$ 4,2270 e a máxima de R$ 4,2670. A divisa norte-americana voltou a avançar e e renova a máxima histórica pelo terceiro pregão seguido, ignorando mais uma atuação do Banco Central (BC) no mercado. Investidores locais buscaram proteção à véspera de um feriado nos Estados Unidos, o que resultou em liquidez reduzida, além da preparação para a Ptax de fim de mês, na sexta-feira.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.