DÓLAR TEM FIRME ALTA, PREÇOS FÍSICOS AVANÇAM, MAS MERCADO DE SOJA ENCERRA A SEMANA LENTO NO PAÍS
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana calmo nas principais praças de negociação do país. Acompanhando a firme alta do câmbio, os preços físicos da oleaginosa avançaram, mas poucos negócios foram registrados no país. O mercado permanece vazio de ofertas e os agentes aguardam melhores oportunidades para comercializar. Após a finalização dos trabalhos de colheita, grandes produtividades médias foram reveladas nos principais estados produtores e em todas as regiões do país, com a safra brasileira de soja sendo estimada em 137,194 milhões de toneladas.
RS: mercado calmo e cotações avançando no estado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicações de compra entre R$ 174 e R$ 175 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 174. No interior do estado, comprador indicando entre R$ 171 e R$ 172 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: preços nominais no estado e mercado calmo. Para embarque e pagamento em meados de agosto/21, indicações nominais de compra entre R$ 180 e R$ 181 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações nominais de compra na faixa de R$ 169 por saca para embarque e pagamento em meados de junho deste ano, porém sem lotes significativos comercializados.
CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão, no farelo e no óleo na sexta-feira. Nas posições spot, perdas de 0,45% no grão, de 0,54% no farelo e de 0,41% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/21 do grão atingiu a máxima de US$ 15,4075 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 15,2625 por bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 4 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/21 operava com ganhos de 1,5 ponto, com negócios a US$ 14,8175 por bushel.
• A previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas voltou a pressionar as cotações.
• O mercado, no entanto, fechou acima das mínimas do dia, devido à recuperação do petróleo e também ao posicionamento de carteiras por parte fundos e especuladores, através de compras de barganha. • O balanço da semana foi negativo, com a posição julho recuando 3,8%. Além do bom desenvolvimento das lavouras americanas, o mercado foi impactado pelo esmagamento abaixo do esperado nos Estados Unidos em abril e pela queda generalizada dos preços dos óleos vegetais.
ARGENTINA A comercialização da safra 2020/21 de soja da Argentina, em 2021/22, chegou a 39% até 12 de maio. Segundo SAFRAS & Mercado, com dados do Ministério da Agricultura argentino, o volume chega a 18,472 milhões de toneladas, somando exportações e consumo da indústria, com queda de 17% ano a ano. Já em relação aos trabalhos de colheita de soja da safra 2020/21, o levantamento semanal divulgado pelo Ministério da Agroindústria da ontem (20) indicou que a atingem 81% da área cultivada de 16,784 milhões de hectares. De acordo com o Ministério, na semana anterior a ceifa estava em 67%. No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 91% dos 16,882 milhões de hectares cultivados na temporada 2019/20.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em forte alta de 1,47% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3540 para venda - no maior valor de fechamento desde o dia 5 - em dia de forte volatilidade e amplitude da moeda seguindo o exterior, onde operou fortalecida no mundo em meio aos dados de atividade mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos, na leitura preliminar de maio. Ao longo da tarde, declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) contribuíram para a forte valorização da divisa.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.