FÍSICO PERMANECE LENTO, PREÇOS RECUAM E COMERCIALIZAÇÃO CONTINUA ARRASTADA NO PAÍS
Na quinta-feira, o mercado interno de soja esteve travado nas diversas praças de negociação do país. Os preços físicos da oleaginosa seguem recuando no país e os agentes permanecem distantes das negociações. O mercado continua vazio de ofertas e as pedidas estão entre R$ 8 e R$ 10 por saca acima das cotações atuais. Em Chicago, a commodity registrou perdas significativas durante o pregão. A moeda norte-americana chegou a esboçar recuperação, mas perdeu força e também encerrou no campo negativo. Contribuindo para a lentidão do mercado, os prêmios nos portos também tiveram queda, ficando entre -US$ 0,25 e -US$ 0,05 por bushel na posição junho/21.
RS: dia de queda nos preços e mercado bastante lento. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de maio/junho’21, indicações nominais entre R$ 177 e R$ 178 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 177. No interior do estado, comprador indicando entre R$ 173 e R$ 174 por saca FOB para embarque e pagamento curtos. Os trabalhos de colheita tiveram bom avanço e atingem 80% da área estimada para o estado.
PR: cotações mais fracas no estado e mercado travado. Para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicação de compra na faixa de R$ 178 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicação de compra até R$ 170 por saca para embarque no mês de abril e pagamento no final de maio.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão e no óleo, e em alta no farelo na quinta-feira. Nas posições spot, perdas de 0,97% no grão e de 4,29% no óleo, e ganhos de 0,30% no farelo. No melhor momento do dia, o contrato maio/21 do grão atingiu a máxima de US$ 15,7375 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 15,4250 por bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com perdas de até 12,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento jul/21 operava com perdas de 7,75 pontos, com negócios a US$ 15,06 por bushel.
• Em mais um dia de volatilidade, a previsão de clima favorável para o plantio nos Estados Unidos contribuiu para o movimento de realização de lucros.
• Com a proximidade do final do mês e em pleno "mercado de clima", a tendência é de que a volatilidade permaneça. Em parte da sessão, as boas exportações semanais americanas e o desempenho do petróleo sustentaram as cotações, mas o movimento perdeu força na parte da tarde.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 292.500 toneladas na semana encerrada em 22 de abril. Representa um forte avanço frente à semana anterior e sobre a média das últimas quatro semanas. O México liderou as importações, com 115.300 toneladas.
• Para 2021/22, foram mais 439.000 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 100 mil e 700 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.
CHINA O Ministério da Agricultura da China disse nesta quinta-feira que havia confirmado um surto de peste suína africana em uma fazenda na região norte da Mongólia Interior, o 10o surto a ser relatado até agora este ano. Conforme a Agência Reuters, o surto foi detectado em uma fazenda perto da cidade de Baotou, com 432 porcos, dos quais 343 morreram. Dois outros surtos foram recentemente relatados em Xinjiang, noroeste da Mongólia Interior. "A epidemia está ocorrendo em manchas e não houve surtos regionais", disse o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais em um comunicado em seu site.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 0,46% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3350 para venda, no menor valor de fechamento desde 2 de fevereiro, após renovar mínimas sucessivas na reta final dos negócios com investidores locais antecipando a disputa para a formação de preço da taxa Ptax - média das cotações apuradas pelo Banco Central (BC) - de fim de mês, amanhã.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.