SOJA ROMPE RESISTÊNCIA EM CHICAGO E ATINGE MAIOR PATAMAR EM CERCA DE SETE ANOS, MAS FÍSICO CONTINUA LENTO
Na terça-feira, o mercado interno de soja permaneceu pouco movimentado nas principais praças de negociação do país. Acumulando seis sessões seguidas de alta em Chicago, a commodity rompeu a resistência em torno de US$ 14,50 por bushel e atingiu os níveis de US$ 14,85 ao longo do dia, maior patamar em aproximadamente sete anos. Já o câmbio oscilou entre os territórios positivo e negativo e fechou com ligeiras perdas. O recuo dos prêmios e o aumento no preço dos fretes em algumas regiões contribuíram para que as cotações internas voltassem a apresentar oscilações regionalizadas, avançando principalmente nos negócios com vencimento em junho e julho. Diante disso, somente negócios pontuais foram registrados no país.
RS: cotações oscilando de forma mista em um mercado pouco movimentado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de maio/junho’21, indicações nominais entre R$ 179,50 e R$ 180,50 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 177,50. No interior do estado, comprador indicando entre R$ 171 e R$ 172 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: negócios escassos e preços firmes no estado. Para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicação de compra na faixa de R$ 181,50 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicação de compra até R$ 172 por saca no disponível, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo na terça-feira. Nas posições spot, ganhos de 1,53% no grão, de 0,71% no farelo e de 3,64% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato maio/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,8550 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 14,72 por bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 24,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento jul/21 operava com ganhos de 23,75 pontos, com negócios a US$ 14,6025 por bushel.
• O mercado fechou a sexta sessão seguida de ganhos, atingindo os melhores níveis em sete anos.
• O cenário fundamental segue sendo o principal fator de sustentação, combinando boa demanda pela soja americana e expectativa de continuidade do aperto na oferta global. Os agentes seguem atentos ao desenvolvimento do plantio nos Estados Unidos, em meio a condições climáticas desfavoráveis.
• O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução de plantio das lavouras de soja. Até 18 de abril, a área plantada estava apontada em 3%. O mercado esperava o número em 3%. Em igual período do ano passado, a semeadura era de 2%. A média é de 2%.
CHINA Estados Unidos e China estão perto de nomear novos enviados para ambas as capitais, enquanto as duas potências mundiais estão atadas a uma competição cada vez mais acirrada pela liderança global. As informações são da agência de notícias "Dow Jones". Pequim planeja nomear Qin Gang - um diplomata competente que atuou como principal oficial de protocolo do presidente chinês, Xi Jinping - como o próximo embaixador em Washington, segundo autoridades com conhecimento do assunto. Washington deve nomear R. Nicholas Burns, um diplomata veterano que serviu nos governos democrata e republicano, como seu embaixador em Pequim, dizem pessoas familiarizadas com a tomada de decisões do governo.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 0,10% no mercado à vista, cotado a R$ 5,5470 para venda, após oscilar forte na reta final da sessão e operar com sinal positivo, calibrando o bom humor local em boa parte do pregão em meio à leitura de alívio fiscal com as tratativas em torno do Orçamento de 2021 e uma piora externa, com as moedas de países emergentes ampliando as perdas ante o dólar. Com isso, a moeda norte-americana engatou o sexto pregão seguido de queda, mesma sequência registrada em maio do ano passado.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.