CÂMBIO DISPARA, SOJA RENOVA RECORDE DE PREÇOS, MAS MERCADO PERMANECE LENTO
Na quinta-feira, o mercado interno de soja permaneceu pouco agitado nas diversas praças de negociação do país. Na sessão de hoje o câmbio avançou significativamente, atingindo a máxima de R$ 5,67 ao longo do dia e alavancando ainda mais os preços no físico. Já em Chicago, a commodity operou com forte queda, retornando aos patamares de US$ 9,00/bushel e impedindo uma alta mais consistente dos preços. A escassez de oferta e a necessidade da indústria permanece contribuindo para as distorções do mercado, que teve mais um dia de apenas negócios pontuais.
RS: negócios pontuais reportados e preços firmes. Na região portuária, para embarque e pagamento em meados de junho/21, indicações entre R$ 120 e R$ 121 por saca CIF, porém sem contrapartida de venda. No interior do estado, rumores de negócios na faixa de R$ 133 por saca para embarque imediato e pagamento em meados de outubro deste ano.
PR: dia de alta nas cotações e mercado lento. Para embarque em abril/21 e pagamento em maio/21, rumores de negócios na faixa de R$ 119 por saca CIF região portuária. Na região oeste do estado, comprador apontando R$ 130 por saca para embarque imediato e pagamento em meados de setembro/outubro. Para 2022, indicações na faixa de R$ 115 por saca para embarque e pagamento em meados de fevereiro/22.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão, no farelo e no óleo na quinta-feira. Nas posições spot, as perdas foram de 1,04% no grão, de 0,64% no farelo e de 1,16% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato setembro/20 do grão atingiu a máxima de US$ 9,14 por bushel. No final da sessão, trocou de mãos a US$ 9,03 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com perdas de até 9,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento novembro/20 operava com perdas de 8,5 pontos, com negócios a US$ 9,0550 por bushel.
• A expectativa de uma safra cheia nos Estados Unidos e uma certa decepção com as exportações semanais americanas garantiram aos agentes as condições necessárias para um movimento de realização de lucros.
• As lavouras vão se desenvolvendo bem no cinturão produtor. Até o momento, os indicativos da tradicional crop tour do Pro Farmer indica bons rendimentos, incluindo parte de Iowa. Mas é na manhã da sexta que os resultados da região mais atingida pelas tempestades daquele estado serão divulgados. Os números finais serão liberados de tarde.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram negativas em 12.700 toneladas na semana encerrada em 13 de agosto.
• Para a temporada 2020/21, foram 2.573.200 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1,2 milhão a 3,9 milhões de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
• Os exportadores privados não anunciaram novas vendas hoje, fato que também pressionou o mercado. Ao menos, as informações sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China foram mais positivas. Autoridades dos dois lados confirmaram que a retomada das conversas não está descartada.
CHINA Os representantes comerciais da China e dos Estados Unidos conversarão em breve sobre os progressos da fase um acordo comercial assinado em janeiro, disse o governo chinês, depois que conversas agendadas na semana passada foram canceladas. "Ambas as partes concordaram em conversar em um futuro próximo", de acordo com o porta-voz do Ministério de Comércio da China, Gao Feng, em coletiva regular de imprensa, ao ser questionado sobre uma nova data para a reunião. O porta-voz não deu mais detalhes.
CÂMBIO Após chegar a subir 2,51% ao ser negociado a R$ 5,6740, o dólar comercial fechou a sessão com avanço de 0,39%,cotado a R$ 5,5570 para venda. Para chegar a esse resultado, o Banco Central (BC) teve que realizar dois leilões da moeda no mercado à vista, que juntos somaram mais de US$ 1,0 bilhão. Colaborou para isso, a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, se dizendo a favor dos vetos presidenciais ao reajustes dos profissionais da saúde.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.