PREÇOS DA SOJA OSCILAM DE FORMA MISTA, MERCADO REDUZ O RITMO E NEGÓCIOS MODERADOS SÃO REPORTADOS NO PAÍS
Na quarta-feira, o mercado interno de soja registrou movimentação moderada nas principais praças de negociação do país. Em uma sessão volátil, oscilando entre os territórios positivo e negativo, a moeda norte-americana encerrou praticamente estável, ainda acima do patamar de R$ 5,40 por dólar. Já em Chicago, a commodity registrou importantes ganhos, com o contrato março/22 testando novamente a linha de US$ 13,00 por bushel durante o dia. No mercado físico as cotações oscilaram regionalmente, reduzindo o ritmo das negociações. Rumores apontam volumes moderados de negócios sendo negociados na safra nova.
RS: negócios moderados reportados em um mercado com preços de estáveis a mais altos. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de outubro/novembro, indicações até R$ 178 por saca CIF. No interior do estado, indicações até R$ 173 por saca FOB para embarque e pagamento dentro do mês de setembro.
PR: houve alta nos preços em um mercado agitado. Para embarque em fevereiro/22 e pagamento em meados de abril/22, indicações entre R$ 163 e R$ 164 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra até R$ 171,50 por saca para embarque e pagamento em meados de outubro.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo na quarta-feira. Nas posições spot, ganhos de 0,52% no grão, de 0,23% no farelo e de 0,01% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 12,8850 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 12,8375 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 10,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/22 operava com ganhos de 9,25 pontos, com negócios a US$ 13,0175 por bushel.
• O dia foi de movimentos de compra e ajustes, visando o relatório que será divulgado amanhã pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
• Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1o de setembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo USDA em igual período do ano anterior.
• A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 172 milhões de bushels. O relatório trimestral será divulgado às 13hs, nesta quinta, 30. Em igual período do ano anterior, o número era de 525 milhões de bushels.
• Em 1 de junho, data do relatório anterior, os estoques estavam em 767 milhões de bushels.
• Sinais de demanda aquecida pelo produto americano contribuíram para a elevação. A reabertura dos portos após os reparos nos estragos feitos pela passagem do furacão Ida sinalizam retomada do fluxo nas vendas. Para amanhã, o mercado também atenta para os números de exportação semanal. A aposta é de embarques entre 700 mil e 1,2 milhão de toneladas.
CHINA Uma empresa estatal chinesa fechou um acordo para comprar a maioria da participação da China Evergrande Group em um banco comercial por US$ 1,5 bilhão, o último sinal de que as autoridades do país estão tentando ajudar a gigante imobiliária a resolver alguns de seus problemas financeiros. As informações são da agência de notícias "Dow Jones". Evergrande disse que uma de suas unidades planeja vender quase 20% do Shengjing Bank Co., que tem sede na cidade da província de Liaoning, em Shenyang, a uma empresa cujos proprietários incluem o braço local da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais da China, bem como os governos locais e provinciais. A transação tornaria a estatal a maior acionista do banco.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em R$ 5,4300, subindo 0,07%. A moeda norte-americana foi influenciada pelo aceno da retirada gradual de estímulos e aumento de juros nas economias de países desenvolvidos, o que afeta diretamente os investimentos no país, diminuindo a entrada de capital estrangeiro. Para o economista da Guide Investimentos, Alejandro Ortiz, "a janela positiva vinda do exterior vai aos poucos se fechando, com o iminente processo de retirada de estímulos dos bancos centrais, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos". Esta diminuição na injeção de liquidez e aumento de juros torna estas economias mais atrativas aos investidores, já que oferecem risco reduzido.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.