SOJA ATINGE MAIOR NÍVEL EM MAIS DE QUATRO ANOS EM CHICAGO E PREÇOS SEGUEM AVANÇANDO NA SAFRA NOVA
Na terça-feira, o mercado interno de soja permaneceu lento nas diferentes praças de negociação do país. Em dia de firme alta em Chicago, a commodity enfileirou a quarta alta consecutiva e atingiu seu maior patamar em mais de quatro anos. Porém, o câmbio voltou a recuar e fechou próximo à mínima do dia. Com a redução da demanda pela soja disponível, os preços seguem recuando no mercado físico, com exceção do Mato Grosso, onde continuam firmes. Já na safra nova, as cotações permanecem avançando, mas sem contrapartida de venda. A escassez de oferta segue determinando o ritmo das negociações, que seguem limitadas a volumes pouco significativos.
RS: os preços seguem avançando na safra nova, porém pouca movimentação foi reportada. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 145,50 por saca. No interior do estado, havia possibilidade de negócios até R$ 173 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de dezembro deste ano, porém sem contrapartida de vendas.
PR: mercado lento e cotações mistas. Para embarque em março/21 e pagamento no final de abril/21, indicações de compra na faixa de R$ 144 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra até R$ 170 por saca no disponível, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e mistos no óleo terça-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 1,40% no grão, de 1,66% no farelo e de 0,18% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/20 do grão atingiu a máxima de US$ 11,7825 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 11,6975/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 21,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento janeiro/21 operava com ganhos de 19,25 pontos, com negócios a US$ 11,7375 por bushel.
• Ainda que abaixo das máximas do dia, o mercado alinhou a terceira sessão seguida de ganhos, impulsionado pelos sinais de demanda firme pela oleaginosa americana.
• Os preços nos maiores patamares em mais de quatro anos animam os produtores nos Estados Unidos, que apostam em continuidade nesse movimento. A demanda chinesa segue firme e concentrada no mercado americano. Os produtores brasileiros negociaram quase toda a soja disponível e só devem voltar ao mercado no início do ano que vem.
• Ontem, as inspeções de exportação semanal dos Estados Unidos superaram as expectativas. Além disso, o processamento americano em outubro bateu recorde. Os estoques americanos estão apertados e os agentes já aguardam por novos cortes nas previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
CHINA As empresas chinesas com ações negociadas nos Estados Unidos podem ter que contratar auditores supervisionados por reguladores norte-americanos ou poderão ser expulsas das bolsas do país, segundo um plano que está sendo elaborado por autoridades regulatórias, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. As informações são da agência de notícias "Dow Jones".
CÂMBIO O dólar comercial fechou em forte queda de 1,91% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3320 para venda, no menor valor de fechamento desde 17 de setembro - quando encerrou a R$ 5,2320 - influenciado pelo bom humor local que reagiu à operação do Banco Central (BC) que vai rolar R$ 11,8 bilhões em swap cambial tradicional. O fluxo de entrada de recursos estrangeiros na bolsa brasileira também corroborou para a queda da moeda.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.