SOJA AVANÇA EM CHICAGO, MAS MERCADO ENCERRA A SEMANA BASTANTE LENTO
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana travado nas principais praças de negociação do país. A commodity retornou do feriado com importantes ganhos em Chicago, que voltou a se aproximar dos US$ 12,00 por bushel. Já o câmbio operou lateralizado e fechou com ligeiras perdas. No mercado físico, os preços continuam despencando no disponível e se mantêm firmes na safra nova. Ainda com falta de chuvas nos estados de Goiás e Santa Catarina, os trabalhos de plantio da nova safra brasileira de soja chegam a 83,3% da área total esperada no país.
RS: mercado vazio de ofertas e cotações nominais. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 149 por saca. No interior do estado, havia possibilidade de negócios entre R$ 152 e R$ 153 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de dezembro/janeiro, porém sem contrapartida de vendas.
PR: cotações nominais e mercado travado. Para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicações de compra na faixa de R$ 149 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra até R$ 162 por saca no disponível, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo na sexta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,65% no grão e de 0,35% no farelo, e ganhos de 0,31% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/20 do grão atingiu a máxima de US$ 11,9850 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 11,84/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com perdas de até 7,5 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/21 operava com perdas de 7 pontos, com negócios a US$ 11,8625 por bushel.
• Apesar do número decepcionante para as exportações semanais americanas, o mercado voltou a ser sustentando pelo quadro de aperto na oferta americana e pelas preocupações com o clima na América do Sul.
• Com o feriado na quinta, a semana foi de ajustes técnicos e de menor volume negociado. O balanço foi positivo, com janeiro acumulando valorização de 1,03%.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 768.100 toneladas na semana encerrada em 19 de novembro. Foi o menor nível do ano comercial e representa uma queda de 42% sobre a semana anterior e de 47% na média em quatro semanas.
• A China liderou as compras, com 578.700 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 750 mil e 1,4 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
ARGENTINA A semeadura de soja na Argentina na temporada 2020/21 atingia 43% até o dia 26 de novembro, informou o Ministério da Agroindústria da Argentina. Em igual período do ano passado, o plantio estava em 44%. Na semana anterior, o plantio ocupava 32%. A área para 2020/21 está projetada em 16,850 milhões de hectares, ante 16,833 milhões de hectares da temporada anterior.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 0,18% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3270 para venda, em sessão de forte volatilidade, poucos negócios e baixa liquidez em meio ao funcionamento reduzido do mercado financeiro dos Estados Unidos na volta do feriado de ação de graças. Aqui, o movimento volátil foi influenciado por cautela com o cenário doméstico e fluxo local.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.