DÓLAR FECHA NO MENOR VALOR EM 3 MESES E MERCADO DE SOJA PERMANECE TRAVADO
Na quarta-feira, o mercado interno de soja continuou pouco movimentado nas diferentes praças de negociação do país. O câmbio teve mais uma sessão de forte queda, atingindo a mínima de R$ 5,02 por dólar e fechando no menor valor de encerramento desde o início de abril deste ano. Em Chicago, a commodity segue avançando e terminou o dia com ganhos significativos, neutralizando parte das perdas do câmbio. Com isso, as cotações seguem recuando no mercado físico e o mercado permanece travado.
RS: dia de queda nos preços e mercado travado. Na região portuária, para embarque e pagamento em meados de abril/maio/21, as indicações estão na faixa de R$ 100 por saca. Para embarque e pagamento em meados de julho/agosto deste ano, o comprador sinaliza entre R$ 107,50 e R$ 108,50, porém sem contrapartida de venda.
PR: pouca movimentação reportada e preços recuando no estado. Para embarque e pagamento em meados de março/abril//21, as indicações estavam na faixa de R$ 99 porsaca CIF.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e em queda no óleo na quarta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,82% no grão e de 0,91% no farelo, e perdas de 0,28% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/20 atingiu a máxima de US$ 8,58 por bushel. No final da sessão, trocava de mãos a US$ 8,5750 por bushel, com queda de 7 ponto. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 5,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/20 operava com ganhos de 5,25 pontos, com negócios a US$ 8,58 por bushel.
• O mercado encontrou suporte mais uma vez nos sinais de demanda aquecida pelo produto americano.
• Hoje o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de mais 186 mil toneladas por parte de exportadores privados para destinos não revelados.
• O cenário financeiro mais tranquilo, com a expectativa de retomada da economia global, também ajudou a sustentar as commodities agrícolas. O dólar recuou, dando competitividade às exportações americanas.
CHINA O vice-presidente do Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país), Pan Gongsheng, indicou que o efeito da pandemia do novo coronavírus na economia do país é maior do que o esperado e que mais medidas monetárias serão implementadas para apoiar o crescimento e o mercado de trabalho. As informações são da agência de notícias "Dow Jones". "A pandemia teve um impacto maior do que o esperado na economia e na sociedade", disse Pan. "Então, precisamos acelerar o apoio monetário às empresas e também para estabilizar o mercado de trabalho e o crescimento econômico", acrescentou.
CÂMBIO O dólar comercial fechou a sessão em queda de 2,45%, sendo negociado a R$ 5,0850 para venda e a R$ 5,0830 para compra. Durante o dia, a moeda norteamericana oscilou entre a mínima de R$ 5,0200 e a máxima de R$ 5,2160. A divisa norte-americana fechou novamente com forte queda, no menor valor de encerramento desde 9 de abril - quando ficou em R$ 5,0920 - reagindo ao otimismo que prevaleceu nos mercados de moedas emergentes, além da venda de títulos de dívidas em moeda estrangeira pelo governo federal.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.