NA VÉSPERA DO FERIADO, MERCADO DE SOJA TEM DIA DE PREÇOS MAIS FRACOS E COMERCIALIZAÇÃO SEGUE ARRASTADA
Na quarta-feira, o mercado interno de soja continuou pouco movimentado nas diversas praças de negociação do país. Na véspera do feriado de Corpus Christi, a oleaginosa teve uma sessão de preços mais fracos e escassez de oferta. A moeda norte-americana encerrou novamente com perdas acentuadas, chegando a operar nos níveis de R$ 5,06 por dólar e pressionando as cotações domésticas. Segundo dados do MDIC, os embarques brasileiros de soja somaram 3,760 milhões toneladas entre os dias 24 e 31 de maio. Já o acumulado no ano chegou a 49,464 milhões de toneladas.
RS: negócios escassos em um mercado com preços mais baixos. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicações de compra entre R$ 173 e R$ 174 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 171,50. No interior do estado, comprador indicando entre R$ 166 e R$ 167 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: mercado calmo e cotações nominais. Para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicações nominais de compra entre R$ 174 e R$ 175 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações nominais de compra na faixa de R$ 168,50 por saca para embarque e pagamento em meados de junho deste ano, porém sem lotes significativos comercializados.
CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no óleo, e em queda no farelo na quartafeira. Nas posições spot, ganhos de 0,90% no grão e de 4,43% no óleo, e perdas de 1,17% no farelo. No melhor momento do dia, o contrato julho/21 do grão atingiu a máxima de US$ 15,6775 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 15,6250 por bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 12,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/21 operava com ganhos de 9,5 pontos, com negócios a US$ 15,1025 por bushel.
• A previsão de clima seco para o Meio Oeste dos Estados Unidos, a alta expressiva nos óleos vegetais e o atraso no plantio americano garantiram a sustentação das cotações.
• O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou ontem relatório sobre a evolução de plantio das lavouras de soja. Até 30 de maio, a área plantada estava apontada em 84%. O mercado esperava o número em 87%. Na semana passada, o número estava em 75%. Em igual período do ano passado, a semeadura era de 74%. A média é de 67%.
ARGENTINA Pecuaristas argentinos encerrarão sua proibição de venda de carne hoje, mas o protesto contra a suspensão do governo das exportações bovinas poderá incluir uma greve na venda de grãos, disse o líder de um grupo agrícola. A Argentina é o 5o exportador de carne do mundo, com a maioria de seus embarques destinados à China. Em um movimento para ajudar a controlar a inflação, esperada em cerca de 50% este ano, o governo impôs uma proibição de 30 dias às exportações de carne. Segundo a Agência Reuters, os agricultores pararam o comércio doméstico de gado para protestar contra a proibição. Mas Carlos Achetoni, presidente da Federação Agrária Argentina (FAA), disse que o protesto pode ser reiniciado nos próximos dias para incluir uma greve de vendas por agricultores de grãos.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 1,20% no mercado à vista, cotado a R$ 5,0840 para venda, no menor valor de encerramento desde 18 de dezembro, renovando mais uma vez a mínima do ano em meio ao ambiente doméstico mais otimista com a economia e com a entrada de fluxo estrangeiro, à véspera do feriado local amanhã que fechará a bolsa brasileira (B3). No exterior, o ambiente segue favorável, com a moeda estrangeira exibindo comportamento lateral.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.