SOJA SOBE MAIS DE 3% EM CHICAGO, MAS CÂMBIO DESABA E MERCADO PERMANECE TRAVADO NO PAÍS
Na terça-feira, o mercado interno de soja permaneceu calmo nas diferentes praças de negociação do país. Com os principais referenciais em sentidos opostos, os preços físicos da oleaginosa oscilaram de forma mista e somente lotes pontuais foram comercializados no país. Em Chicago, a commodity registrou ganhos de mais de 43 pontos ao longo da sessão, o que trouxe importante sustentação às cotações domésticas. Em contrapartida, o câmbio recuou acentuadamente, chegando a operar ao redor de R$ 5,24 e encerrando próximo desse patamar.
RS: cotações oscilando de forma mista em um mercado pouco ofertado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de setembro/outubro, indicações na faixa de R$ 173 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 172. No interior do estado, indicações até R$ 169 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de setembro.
PR: mercado calmo e preços nominais no estado. Para embarque e pagamento em meados de fevereiro/22, indicações entre R$ 163 e R$ 164 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 167 por saca para embarque e pagamento curtos.
CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo na terça-feira. Nas posições spot, ganhos de 3,32% no grão, de 2,39% no farelo e de 3,10% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato setembro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 13,4350 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 13,37 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 43,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento novembro/21 operava com ganhos de 38,25 pontos, com negócios a US$ 13,31 por bushel.
• O movimento de compras técnicas deflagrado ontem ganhou força e impulsionou as cotações.
• O mercado iniciou o dia encontrando sustentação na piora das lavouras americanas, conforme relatório divulgado ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O índice de plantações em boas a excelentes condições caiu de 57% para 56%, confirmando a previsão do mercado e trazendo dúvidas sobre o potencial produtivo americano.
• Ressaltando que os novos mapas meteorológicos indicam temperaturas elevadas e tempo seco para o Meio Oeste nos próximos dias, o que pode comprometer ainda mais a situação da soja.
• Completando o cenário positivo, o desempenho do mercado financeiro agradou, em meio a um clima de menor aversão ao risco. Fundos e especuladores estão remontando suas posições em commodities. O petróleo subiu e as commodities agrícolas foram arrastadas.
• Além disso, o USDA anunciou uma nova venda por parte dos exportadores privados para a China. Dessa vez foram 132 mil toneladas para entrega na temporada 2021/22.
CHINA Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 132.000 toneladas de soja em grão para a China. A entrega está programada para a temporada 2021/22. Toda operação envolvendo a venda de volume igual ou superior a 100 mil toneladas do grão, feita para o mesmo destino e no mesmo dia, tem que ser reportada ao USDA.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em R$ 5,2610, com queda de 2,23%. A expressiva alta foi motivada pelo bom humor do mercado global nesta terça, além dos números de imóveis residenciais novos nos Estados Unidos, que subiram 1,00% em julho ante a junho, abaixo da previsão de 3,5%. Os problemas domésticos, embora persistam, hoje pouco influenciaram.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.