EM DIA VOLÁTIL, PREÇOS DA SOJA OSCILAM DE FORMA MISTA, MERCADO PERMANECE POUCO OFERTADO E FOCO SEGUE NO PLANTIO
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana calmo nas principais praças de negociação do país. Em dia de volatilidade, os preços físicos da oleaginosa oscilaram de forma mista e somente lotes pontuais foram comercializados no país. Em Chicago, após ultrapassar o patamar de US$ 12,60 por bushel durante a sessão, a commodity perdeu força e encerrou abaixo da linha dos US$ 12,50. A moeda norte-americana operou lateralizada, permanecendo acima do nível de R$ 5,50 por dólar. Ainda cautelosos, os agentes permanecem distantes das negociações, o mercado segue pouco ofertado e o foco continua no plantio. Com boa umidade no Centro-Oeste, os trabalhos de semeadura da nova safra brasileira de soja aceleram e chegam a 9,8% da área total esperada.
RS: preços oscilando de forma mista em um mercado pouco movimentado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de novembro, indicações até R$ 174 por saca CIF no melhor momento do dia. No interior do estado, indicações até R$ 172 por saca FOB para embarque e pagamento no mês de novembro, também no melhor momento do dia.
PR: mercado pouco ofertado e cotações firmes no estado. Para embarque em fevereiro/22 e pagamento em meados de abril/22, indicações entre R$ 164 e R$ 165 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra até R$ 170 por saca para embarque e pagamento em meados de novembro.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão, no farelo e no óleo na sexta-feira. Nas posições spot, perdas de 0,34% no grão, de 0,40% no farelo e de 0,92% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 12,6250 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 12,43 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 6,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/22 operava com ganhos de 6,75 pontos, com negócios a US$ 12,74 por bushel.
• A perspectiva de bom avanço para a colheita nos Estados Unidos pressionou as cotações.
• Na maior parte da sessão, o mercado encontrou suporte na alta do petróleo e de óleos vegetais. Na Malásia, o óleo de palma bateu recorde. Além disso, há expectativa de retomada da demanda chinesa, após o prolongado feriado. Mas o movimento perdeu força na parte da tarde, também por pressão técnica.
• Para a próxima semana, as expectativas se voltam para o relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na terça, 12.
CHINA O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços da China subiu para 53,4 pontos em setembro, de 46,7 pontos em agosto, de acordo com dados do instituto de pesquisas IHS Markit e do grupo de mídia Caixin. Leituras acima de 50 pontos sugerem expansão da atividade, enquanto valores menores apontam contração. O PMI composto, que agrega dados sobre a atividade dos setores industrial e de serviços, subiu para 51,4 pontos em setembro, de 47,2 pontos em agosto.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em R$ 5,5160, com alta de 0,01%. A moeda norteamericana foi fortemente pressionada pelos resultados ruins do payroll, um dos principais índices que medem o emprego nos Estados Unidos. Embora pouco provável, isso abre espaço para a especulação de adiamento do tapering (remoção de estímulos), previsto para ser anunciado em novembro.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.