COM COTAÇÕES MISTAS, MERCADO DE SOJA ENCERRA A SEMANA BASTANTE LENTO NO PAÍS
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana pouco movimentado nas diversas praças de negociação do país. Em uma sessão de poucas novidades, a commodity voltou a avançar em Chicago e se aproximou dos patamares de US$ 11,50 por bushel. Já o câmbio permanece volátil e fechou com ligeiras perdas. A redução do ímpeto de compra por parte da indústria tem diminuído a pressão sobre os preços, que recuaram significativamente no estado de Minas Gerais. Com pouco interesse em negociar, o foco dos agentes permanece nos trabalhos de plantio da nova safra brasileira de soja, que chegam a 67,3% da área total esperada.
RS: preços mistos no estado e mercado pouco ofertado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 145 por saca. No interior do estado, havia possibilidade de negócios até R$ 173,50 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de dezembro deste ano, porém sem contrapartida de vendas.
PR: mercado calmo e cotações nominais. Para embarque em março/21 e pagamento no final de abril/21, indicações de compra na faixa de R$ 145 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 170 por saca no disponível, porém sem negócios significativos apontados.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e mistos no óleo sexta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,39% no grão e de 0,21% no óleo. O farelo encerrou estável. No melhor momento do dia, o contrato novembro/20 do grão atingiu a máxima de US$ 11,45 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 11,4150/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 10,5 pontos nos principais vencimentos. O vencimento janeiro/21 operava com ganhos de 4,75 pontos, com negócios a US$ 11, por bushel.
• Após a realização de lucros de ontem, o mercado votou a ser sustentado por fatores fundamentais, fechando mais uma semana bastante positiva. Janeiro teve alta semanal de 4,22%.
• Os sinais de demanda firme pela soja americana, as preocupações com o desenvolvimento das lavouras no Brasil e na Argentina e o aperto no quadro de oferta e demanda dos Estados Unidos asseguraram a alta.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 1.468.500 toneladas na semana encerrada em 5 de novembro - o menor patamar da temporada. Representa uma retração de 4% frente à semana anterior e um recuo de 26% sobre a média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 745.600 toneladas.
• Os analistas esperavam exportações entre 800 mil e 1,8 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
CHINA A China criticou o decreto de ontem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de proibir investimentos em empresas chinesas ligadas a militares, apelando que o governo norte-americano volte atrás na decisão. "A China apela aos Estados Unidos a terem uma visão correta da política de desenvolvimento da integração civil-militar da China, parem com o ato errôneo de suprimir imprudentemente certas empresas chinesas sob o pretexto da segurança nacional e revoguem a decisão errônea", disse o disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 0,18% no mercado à vista, cotado a R$ 5,4740 para venda, em mais uma sessão de forte volatilidade, calibrando o movimento da moeda no exterior e o ambiente de cautela que prevaleceu no mercado doméstico em meio às incertezas com o cenário fiscal e a falta de sinalização do governo federal. Em semana de forte volatilidade, a moeda se valorizou em 1,60%.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.