DÓLAR INICIA A SEMANA EM QUEDA, MERCADO SEGUE TRAVADO E FOCO PERMANECE NO PLANTIO
Na segunda-feira, o mercado interno de soja iniciou a semana bastante lento nas diversas praças de negociação do país. A moeda norte-americana interrompeu uma sequência de quatro sessões consecutivas de alta e iniciou a semana no campo negativo, chegando a operar abaixo de R$ 5,60 ao longo do dia. Com as perdas do câmbio, os preços permanecem nominais no mercado físico, em um mercado sem negócios aparentes. Apesar da falta de chuvas, os trabalhos de plantio seguem avançando e já atingem aproximadamente 12% no sudoeste goiano.
RS: dia de preços firmes e mercado vazio de ofertas. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 140 por saca. No interior do estado, havia possibilidade de negócios até R$ 163 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de janeiro deste ano, porém sem contrapartida de venda.
PR: cotações nominais e mercado travado. Para embarque em março/21 e pagamento no final de abril/21, indicações de compra entre R$ 136 e R$ 137 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 167 por saca no disponível.
CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e em queda no óleo na segunda-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,40% no grão e de 1,55% no farelo, e perdas de 1,39% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/20 do grão atingiu a máxima de US$ 10,5825 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 10,5425/bushel.
• A boa demanda pela soja americana predominou e garantiu a sustentação dos contratos. O desempenho positivo de mercados vizinhos - milho e trigo - contribuiu para a elevação.
• Os ganhos, no entanto, foram limitados pelo retorno das chuvas sobre as regiões produtoras do Brasil. Com a volta da umidade, a tendência é de que a semeadura, bem atrasada, ganhe ritmo.
• As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 2.173.521 toneladas na semana encerrada no dia 15 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas esperavam o número em 1,7 milhão de toneladas.
• Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 2.396.908 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1.330.909 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções estão em 11.518.836 toneladas, contra 6.493.771 toneladas no acumulado do anosafra anterior.
CHINA Uma nova lei permitirá que a China proíba as exportações para proteger a segurança nacional, acrescentando uma arma versátil ao arsenal de Pequim enquanto trava uma guerra de comércio e tecnologia com os Estados Unidos. As informações são da agência de notícias "Dow Jones". A lei, aprovada pelo legislativo da China no fim de semana, autoriza restrições rígidas à venda no exterior de bens de dupla utilização com aplicações civis e militares, materiais e equipamentos nucleares e outros produtos e serviços que abordam a segurança nacional.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 0,67% no mercado à vista, cotado a R$ 5,6070 para venda, interrompendo a sequência de quatro pregões seguidos de alta, em sessão de correção local e positiva no exterior em meio ao otimismo com a possibilidade de aprovação de um novo pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos nos próximos dias, antes das eleições presidenciais, em 3 de novembro.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.