NA VÉSPERA DO USDA, SOJA TEM DIA DE PREÇOS MISTOS E MERCADO TRAVADO
Na quinta-feira, o mercado interno de soja continuou travado nas diferentes praças de negociação do país. A moeda norte-americana teve uma sessão bastante volátil, encerrando com ligeiros ganhos. Em Chicago, após 12 pregões consecutivos de alta, a commodity realizou lucros. O dia foi de poucas novidades no mercado físico, com agentes retraídos, preços regionalizados e sem negócios aparentes.
RS: cotações recuando no estado e mercado travado. No interior do estado, as indicações de compra estão entre R$ 139 e R$ 140 por saca para embarque imediato e pagamento em meados de outubro/novembro deste ano, porém sem contrapartida de venda. Na safra nova, para embarque e pagamento em meados de junho/21, indicações de compra na faixa de R$ 120 por saca.
PR: negócios escassos no estado e cotações firmes. Para embarque em março/21 e pagamento no final de abril/21, indicações na faixa de R$ 119 por saca CIF na região portuária. Na região oeste do estado, indicações de compra entre R$ 132 e R$ 135 por saca para embarque imediato e pagamento em meados de outubro/novembro, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam mistos no grão, no farelo e no óleo na quinta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,53% no grão, de 0,06% no farelo, e perdas de 0,24% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato setembro/20 do grão atingiu a máxima de US$ 9,8625 por bushel. No final da sessão, trocou de mãos a US$ 9,85 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com perdas de até 3,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento novembro/20 operava com perdas de 0,75 ponto, com negócios a US$ 9,78 por bushel.
• Após 12 sessões seguidas de alta e na véspera do relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado realizou lucros.
• As perdas, no entanto, foram limitadas pela demanda firme pela soja americana. Hoje, os exportadores privados americanos anunciaram mais uma venda para a China, envolvendo 195 mil toneladas para a temporada 2020/21. • Sobre o relatório de amanhã, o Departamento deverá reduzir a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21.
• Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,286 bilhões de bushels. Em agosto, o número era de 4,425 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,552 bilhões de bushels.
• Para os estoques de passagem, a aposta é de 461 milhões de bushels para 2020/21. Em agosto, o número ficou em 610 milhões. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir sua previsão de 615 milhões para 605 milhões de bushels.
• A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 93,2 milhões de toneladas, contra 95,4 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir a estimativa de 95,9 milhões para 95,9 milhões de toneladas.
CHINA A China importou 54,433 milhões de toneladas de soja do Brasil de janeiro a agosto de 2020. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o volume é 29% superior ao comprado no mesmo período de 2019. O país é o maior comprador da oleaginosa brasileira. A Holanda foi o segundo maior importador no período, com 3,154 milhões de toneladas, 106% acima do ano passado. Em terceiro lugar, fica a Espanha, com 2,643 milhões de toneladas, alta de 32% ano a ano. No geral, as exportações brasileiras de soja em grão totalizaram 75,11 milhões de toneladas de janeiro a junho de 2020. O volume é 34% maior ano a ano.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em alta de 0,33% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3200 para venda, em sessão de forte volatilidade amparado pelo movimento externo que oscilou entre cautela dos investidores e ajuste nas bolsas de Nova York.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.