CÂMBIO TEM FIRME QUEDA, SOJA INICIA A SEMANA COM PREÇOS NOMINAIS E POUCA MOVIMENTAÇÃO É REPORTADA NO FÍSICO
Na segunda-feira, o mercado interno de soja esteve travado nas diferentes praças de negociação do país. Iniciando a semana com volatilidade em Chicago, a commodity abriu o pregão com ligeiras perdas, passando para o território positivo na parte da tarde e encerrando com leve alta. Em contrapartida, a moeda norte-americana recuou acentuadamente frente ao real, determinando a lentidão do mercado. Dessa forma, os preços físicos ficaram predominantemente estáveis e somente lotes pontuais foram comercializados no país.
RS: cotações nominais em um mercado pouco ofertado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de setembro/21, indicações de compra entre R$ 168,50 e R$ 169 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 168. No interior do estado, indicações até R$ 164 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de setembro.
PR: sem alterações nos preços em um mercado bastante lento. Para embarque imediato e pagamento em meados de setembro deste ano, indicações de compra entre R$ 170 e R$ 171 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 163 por saca para embarque imediato e pagamento em meados de agosto deste ano, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e mistos no óleo na segunda-feira. Nas posições spot, ganhos de 0,28% no grão e de 1,30% no farelo, e perdas de 1,82% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato agosto/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,2550 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 14,1875 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 6,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento novembro/21 operava com ganhos de 2,50 pontos, com negócios a US$ 13,5175 por bushel.
• O clima nos Estados Unidos segue no foco das atenções do mercado.
• O mercado iniciou o dia pressionado pelas recentes chuvas sobre as regiões produtoras dos Estados Unidos. A partir do meio-pregão, as dúvidas sobre a abrangência de futuras precipitações serviram para garantir a recuperação técnicas em Chicago, após as perdas acumuladas em julho.
• Os participantes avaliam os números de inspeção de embarques e aguarda a divulgação de importantes relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As inspeções chegaram a 181.193 toneladas na semana encerrada no dia 29 de julho. O mercado esperava o número em 200 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 242.044 toneladas.
• No final da tarde, o relatório de evolução das lavouras deverá indicar queda no índice de plantas entre boas e excelentes condições. O mercado aposta em 57% das lavouras nestas condições, com queda de 1 ponto percentual. No dia 12, o USDA vai divulgar o relatório de agosto de oferta e demanda e o mercado já busca um melhor posicionamento.
CHINA O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da China caiu para 50,4 pontos em julho, no sétimo mês seguido de queda, após os 50,9 pontos de junho, segundo dados divulgados pelo departamento oficial de estatísticas do país. Leituras acima de 50 pontos sugerem expansão da atividade, enquanto valores menores apontam contração. O subíndice que mede apenas a produção das indústrias caiu de 51,9 pontos para 51,0 pontos, enquanto o componente de novos pedidos de exportação recuou de 48,1 pontos para 47,7 pontos.
CÂMBIO O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,84%, cotado a R$ 5,1650 para venda. Os principais fatores que levaram a moeda norte-americana a apresentar esse desempenho foram externos: a queda da aversão ao risco e aumento da atividade industrial nos Estados Unidos. O provável aumento da Selic (taxa básica de juros) em até 1,5% também contribuiu para o clima de euforia.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.