PREÇOS SEGUEM AVANÇANDO NA SAFRA NOVA, MAS MERCADO DE SOJA ENCERRA A SEMANA LENTO NO PAÍS
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana bastante lento nas principais praças de negociação do país. Atingindo o maior nível em Chicago desde meados de julho de 2016, as cotações da commodity voltaram a avançar. Encostando nos R$ 5,40, o câmbio também registrou importantes ganhos, pressionando os preços físicos na safra nova. Apesar da sessão positiva, o dia foi de pouca movimentação no mercado doméstico. Com escassez de chuvas nos estados de Goiás e Santa Catarina, os trabalhos de plantio da nova safra brasileira de soja chegam a 74,1% da área total esperada.
RS: dia de preços firmes na safra nova, porém o mercado permanece pouco ofertado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 147 por saca. No interior do estado, havia possibilidade de negócios entre R$ 158 e R$ 160 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de dezembro/janeiro, porém sem contrapartida de vendas.
PR: negócios escassos no estado e cotações nominais. Para embarque em março/21 e pagamento no final de abril/21, indicações de compra na faixa de R$ 144 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra até R$ 163 por saca no disponível, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam mistos no grão e no farelo, e em queda no óleo na sexta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,29% no grão e de 0,25% no farelo, e perdas de 0,36% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/20 do grão atingiu a máxima de US$ 11,9675 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 11,81/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 7 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/21 operava com ganhos de 5,5 pontos, com negócios a US$ 11,81 por bushel.
• Os contratos estão nos maiores patamares desde junho de 2016. O mercado enfileirou a terceira semana seguida de ganhos e acumulam ganhos de 12% em novembro. Na semana, a valorização ficou em 2,86%.
• Na máxima do dia, os contratos encostaram na casa de US$ 12 por bushel. A partir daí, os agentes buscaram um melhor posicionamento das carteiras ante o final de semana e diante da proximidade do feriado da próxima semana, Dia de Ação de Graças.
• O mercado seguiu encontrando sustentação no cenário fundamental. O aperto nos estoques americanos, decorrência de uma aquecida demanda por parte dos chineses pela oleaginosa dos Estados Unidos, e as preocupações com o impacto do clima seco sobre a safra sul-americana seguiram dando sustentação aos contratos.
ARGENTINA A semeadura de soja na Argentina na temporada 2020/21 atingia 32% até o dia 19 de novembro, informou o Ministério da Agroindústria da Argentina. Em igual período do ano passado, o plantio estava em 35%. Na semana anterior, o plantio ocupava 20%. A área para 2020/21 está projetada em 16,850 milhões de hectares, ante 16,833 milhões de hectares da temporada anterior.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em alta de 1,39% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3880 para venda, influenciado por um movimento local de proteção em meio à falta de sinalização do governo para o cenário fiscal brasileiro ao passo que o fim do ano se aproxima. Declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a possibilidade de vender reservas cambiais incomodaram parte do mercado. Na semana, a moeda se desvalorizou em 1,57%.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.