SOJA AVANÇA PELA QUINTA SESSÃO SEGUIDA EM CHICAGO E PREÇOS SEGUEM FIRMES NO MERCADO FÍSICO
Na segunda-feira, o mercado interno de soja iniciou a semana pouco movimentado nas diferentes praças de negociação do país. Em Chicago, a commodity teve seu quinto dia consecutivo de alta, se estabelecendo acima da linha de US$ 9,00 por bushel. Porém, o câmbio segue instável e encerrou com perdas significativas. Além destes fatores, a escassez de soja disponível tem trazido distorções nos preços do físico, que tiveram oscilação mista ao longo do dia.
RS: cotações iniciando a semana firmes e pouca movimentação reportada. Na região portuária, para embarque em abril/maio/21 e pagamento em meados de junho/21, há possibilidade de negócios na faixa de R$ 110 por saca CIF Rio Grande. Para embarque e pagamento em meados de agosto/setembro deste ano, as indicações estão na faixa de R$ 121, porém sem contrapartida de venda.
PR: dia de alta nos preços e mercado lento. Para embarque em fevereiro/21 e pagamento em abril/21, as indicações estão na faixa de R$ 110 por saca CIF região portuária. Para embarque e pagamento em setembro/outubro deste ano, as indicações estão entre R$ 119 e R$ 120 CIF Paranaguá, porém sem contrapartida de venda. Na região oeste do estado, as indicações estão entre R$ 111,50 e R$ 112,50 por saca para embarque e pagamento em meados de agosto deste ano.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e mistos no óleo na segunda-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,55% no grão, de 0,73% no farelo e de 0,03% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato agosto/20 do grão atingiu a máxima de US$ 9,0550 por bushel. No final da sessão, trocou de mãos a US$ 9,03 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 5,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento setembro/20 operava com ganhos de 4,5 pontos, com negócios a US$ 8,9675 por bushel. Mercado enfileirou a quinta sessão consecutiva de alta, atingindo os melhores níveis desde 10 de julho. A demanda chinesa pela soja americana segue sendo o fator de impulsão para as cotações. Hoje, os exportadores privados anunciaram a venda de 132 mil toneladas para a China. Desde o dia 13, foram confirmadas operações envolvendo 1,172 milhão de toneladas para a China e 477 mil toneladas para destinos não revelados. As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 452.811 toneladas na semana encerrada no dia 9 de julho, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas esperavam o número em 500 mil toneladas. Logo mais, as atenções se voltam para o relatório de condições das lavouras, que será divulgado pelo USDA. O mercado aposta em piora nas condições das lavouras, com o índice de boas a excelentesrecuando de 68% para 67%.
CHINA O governo norte-americano colocou 11 entidades chinesas em sua lista de restrição econômica por supostas violações de direitos humanos na região de Xinjiang, de acordo com um documento publicado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Segundo a nota, essas entidades foram implicadas em violações e abusos dos direitos humanos na implementação da China de uma campanha de repressão, prisões arbitrárias em massa, trabalho forçado e vigilância eletrônica de alta tecnologia contra os uigures e cazaques e outros membros de grupos minoritários muçulmanos na Região Autônoma do Uigur de Xinjiang.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 0,79% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3420 para venda, em mais uma sessão de volatilidade e amplitude, refletindo o otimismo global em meio às expectativas com as notícias sobre a evolução de novas vacinas e tratamentocontra o novo coronavírus anunciadas hoje.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.