REFERENCIAIS SEGUEM EM SENTIDOS OPOSTOS, PREÇOS OSCILAM DE FORMA MISTA E MERCADO TEM DIA TRAVADO NO PAÍS
Na quinta-feira, o mercado interno de soja esteve travado nas diferentes praças de negociação do país. Com os principais referenciais em direções opostas, os preços físicos da commodity oscilaram de forma mista e os negócios permanecem escassos no país. Em Chicago, a soja subiu pela quarta sessão consecutiva, encostando no patamar de US$ 14,50 ao longo do pregão. O câmbio manteve a tendência de queda, registrando perdas acentuadas ao longo do dia e chegando a operar ao redor de R$ 5,04 por dólar. Diante da perda de atratividade das cotações, a ponta vendedora permanece retraída e a comercialização continua arrastada no mercado doméstico.
RS: mercado lento em dia de queda nos preços. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de setembro/21, indicações de compra entre R$ 169 e R$ 170 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 168,50. No interior do estado, indicações entre R$ 162 e R$ 163 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: preços nominais em um mercado pouco ofertado. Para embarque imediato e pagamento em meados de setembro deste ano, indicações de compra entre R$ 169 e R$ 170 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 163 por saca para embarque imediato e pagamento em meados de agosto deste ano, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo na quinta-feira. Nas posições spot, ganhos de 0,15% no grão, de 0,11% no farelo e de 0,57% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato agosto/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,4975 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 14,3425 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 16 pontos nos principais vencimentos. O vencimento setembro/21 operava com ganhos de 16 pontos, com negócios a US$ 13,8625 por bushel.
• O mercado foi impulsionado pelas projeções climáticas e pela melhora no cenário financeiro. As vendas líquidas americanas foram fracas, mas tiveram pouco impacto sobre as cotações.
• Os boletins meteorológicos apontam agora que a falta de chuvas e as temperaturas altas deverão se estender ao início de agosto, podendo comprometer o potencial produtivo.
• Após a manutenção da política monetária americana e da divulgação de medidas por parte do governo chinês tranquilizando os investidores, o mercado financeiro teve um dia mais tranquilo. As bolsas subiram, assim como o petróleo, enquanto o dólar caiu. Esse clima se expandiu às commodities agrícolas.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram negativas em 79.300 toneladas na semana encerrada em 22 de julho. Para 2021/22, foram 312.800 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 100 mil e 500 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
• Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento a venda de 132 mil toneladas de soja em grão para destinos não revelados. A entrega está programada para a temporada 2021/22.
CHINA Com as margens de esmagamento ainda recuando, o mercado chinês de soja apresentou poucos negócios. Mas houve maior demanda por parte dos compradores para a safra nova. Os preços subiram, acompanhando a reação dos contratos futuros em Chicago. A Platts indica preço da soja na China para setembro a US$ 618,30 por tonelada, com ganho de US$ 8,08 por tonelada.
CÂMBIO Refletindo o clima de tensão no mercado, o dólar comercial fechou esta quintafeira cotado a R$ 5,0790, com queda de 0,60%. Os fatores mais relevantes para isso foram o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, e os resultados da economia norteamericana, divulgados pela manhã. No Brasil, analistas estudam um aumento na Selic (taxa básica de juros) e o cenário político.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.