NA VÉSPERA DO USDA, SOJA TEM DIA VOLÁTIL E MERCADO PERMANECE CALMO
Na quinta-feira, o mercado interno de soja esteve pouco agitado nas diversas praças de negociação do país. Na véspera do relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado teve um dia bastante volátil. Em Chicago, a commodity chegou a atingir os níveis de US$ 9,07 ao longo do dia, porém fechou abaixo da linha dos US$ 9,00. Já o câmbio, oscilou entre R$ 5,25 e R$ 5,38, encerrando com ligeiras perdas. Com isso, os preços tiveram oscilação mista no mercado físico e os vendedores seguem cautelosos, aguardando melhores oportunidades para negociar.
RS: melhores negócios reportados na safra nova e os preçostiveram oscilação mista. Na região portuária, para embarque em abril/maio/21 e pagamento em meados de junho/21, havia possibilidade de negócios na faixa de R$ 110 por saca CIF Rio Grande. Para embarque e pagamento em meados de agosto/setembro deste ano, indicações ainda entre R$ 118,50 e R$ 119, porém sem contrapartida de venda.
PR: cotações firmes e pouca movimentação reportada no estado. Para embarque em fevereiro/21 e pagamento em abril/21, as indicações estão na faixa de R$ 109 por saca CIF região portuária. Para embarque e pagamento em setembro/outubro deste ano, indicações estão entre R$ 119 e R$ 120 CIF Paranaguá, porém somente negócios pontuais reportados.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e em queda no óleo na quinta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,39% no grão e de 1,20% no farelo, e queda de 0,94% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/20 do grão atingiu a máxima de US$ 9,07 por bushel. No final da sessão, trocou de mãos a US$ 8,9825 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 7,5 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/20 operava com ganhos de 6,75 pontos, com negócios a US$ 8,9925 por bushel.
• A previsão de clima seco e temperaturas elevadas nos cinturão produtor sustentaram as cotações, em dia de posicionamento de carteiras frente ao relatório de julho do Departamento de Agriculturados Estados Unidos (USDA).
• Os mais recentes boletins apontam para condições climáticas desfavoráveis nas próximas duas semanas, o que poderá comprometer o potencial produtivo da safra americana. Há necessidade de chuva em importantes estados produtores, como Illinois, Indiana e Ohio.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2019/20, com início em 1 de setembro, ficaram em 952.200 toneladas na semana encerrada em 2 de julho. Representa uma forte elevação frente à semana anterior e um avanço de 60% ante à média das últimas quatro semanas.
• A China liderou asimportações, com 461.400 toneladas.
• Para a temporada 2020/21, foram 382.100 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 800 mil a 1,4 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.
• Amanhã, o Departamento deverá elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,167 bilhões de bushels. Em junho, o número era de 4,125 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,552 bilhões de bushels.
• Para os estoques de passagem, a aposta é de 443 milhões de bushels para 2020/21. Em junho, o número ficou em 395 milhões. Para 2019/20, o USDA deverá elevar sua previsão de 585 milhões para 589 milhões de bushels.
• A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 97,7 milhões de toneladas, contra 96,3 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá elevar a estimativa de 99,2 milhões para 99,5 milhões de toneladas.
• A safra brasileira em 2019/20 deverá ter sua previsão cortada de 124 milhões para 123,4 milhões de toneladas. A produção da Argentina deverá ter projeção mantida em 50 milhões de toneladas.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 0,26% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3370 para venda, em sessão de forte volatilidade, com a moeda operando em sinais negativo e positivo, acompanhando o movimento externo no qual indicadores econômicos trouxeram alívio na abertura dos negócios, porém, números crescentes do novo coronavírus nos Estados Unidos elevaram a aversão ao risco no exterior.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.