SOJA ENCERRA A SEMANA COM QUEDA ACENTUADA NOS PREÇOS E MERCADO TRAVADO
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana bastante lento nas diferentes praças de negociação do país. Em mais uma sessão negativa, os preços da oleaginosa voltaram a recuar no físico, afastando os agentes e travando ainda mais o mercado. A moeda norte-americana recuou acentuadamente, fechando próximo à mínima do dia e abaixo do patamar de R$ 5,40 por dólar. Já em Chicago, a commodity teve nova sessão de quedas, perdendo suporte ao redor de US$ 12,60 e chegando a operar nos níveis de US$ 12,42 durante o pregão. Com boas chuvas no Centro-Oeste, os trabalhos de semeadura da nova safra brasileira de soja avançaram e chegam a 4% da área total esperada no país.
RS: mercado travado em dia de firme queda nos preços. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de outubro/novembro, indicações até R$ 171 por saca CIF no melhor momento do dia. No interior do estado, indicações até R$ 167 por saca FOB para embarque e pagamento dentro do mês de setembro, também no melhor momento do dia.
PR: negócios escassos em um mercado com cotações apenas nominais. Para embarque em fevereiro/22 e pagamento em meados de abril/22, indicações entre R$ 158 e R$ 159 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra até R$ 167 por saca para embarque e pagamento em meados de outubro.
CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam mistos no grão, no farelo e no óleo na sexta-feira. Nas posições spot, perdas de 0,75% no grão, de 0,36% no farelo e de 0,30% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 12,6225 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 12,4650 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com perdas de até 5,5 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/22 operava com perdas de 4,25 pontos, com negócios a US$ 12,6775 por bushel.
• O mercado voltou a ser pressionado pelo relatório de estoques trimestrais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), elevando a perda semanal para mais de 3%.
• Ontem, o USDA indicou estoques em 1 de setembro muito acima do esperado pelo mercado. Os estoques eram de 6,97 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava número de 4,68 milhões.
• Completando o cenário baixista, há a pressão sazonal do avanço da colheita nos Estados Unidos.
CHINA A China está lutando contra uma escassez generalizada de energia, desferindo um golpe na recuperação da segunda maior economia do mundo e ariscando interromper as cadeias de abastecimento globais e intensificar a pressão inflacionária em todo o mundo. As informações são da agência de notícias "Dow Jones". A crise de energia, em uma escala nunca vista em mais de uma década, destaca como algumas mudanças nas prioridades das políticas de Pequim, incluindo seu esforço para limitar as emissões de carbono, pode repercutir em uma economia global que foi remodelada pela pandemia.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em R$ 5,3680, com queda de 1,48%. O revés da moeda norte-americana pode ser explicado pelos resultados positivos da indústria brasileira, o leilão de swap cambial extraordinária, que foi realizado ontem pelo Banco Central (BC), além da política de juros austera adotada pela instituição. Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, "o real, ao longo destes meses, estava bem resiliente enquanto a bolsa caía. Apesar de todas as incertezas fiscais, principalmente precatórios e Auxílio Brasil, ele se manteve no mesmo range de junho".
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.