PREÇOS DA SOJA AVANÇAM, MAS PRODUTOR SEGUE RETRAÍDO À ESPERA DE MELHORES OPORTUNIDADES
Na terça-feira, o mercado interno de soja permaneceu pouco movimentado nas principais praças de negociação do país. Com pouca oferta de soja disponível, os vendedores permanecem cautelosos e somente na safra nova foram registrados negócios, porém volumes pouco expressivos. O câmbio atingiu os níveis de R$ 5,40 por dólar ao longo do dia, fechando pouco abaixo desse patamar, o que elevou os preços no mercado doméstico.
RS: mercado pouco movimentado e preços firmes. Na região portuária, para embarque em abril/maio/21 e pagamento em meados de junho/21, indicações na faixa de R$ 109 por saca CIF Rio Grande. Para embarque e pagamento em meados de agosto/setembro deste ano, indicações entre R$ 118,50 e R$ 119.
PR: cotações avançando no estado e negócios moderados na safra nova. Para embarque e pagamento em junho/21, as indicações estão na faixa de R$ 110 por saca CIF região portuária. Para embarque e pagamento em setembro/outubro deste ano, indicações estão entre R$ 118 e R$ 119 CIF Paranaguá, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão e no farelo, e em alta no óleo na terça-feira. Nas posições spot, as perdas foram de 0,36% no grão e de 0,71% no farelo, e ganhos de 1,19% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/20 do grão atingiu a máxima de US$ 8,9925 por bushel. No final da sessão, trocou de mãos a US$ 8,9525 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com perdas de até 3,5 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/20 operava com perdas de 2,25 pontos, com negócios a US$ 8,9625 por bushel.
• Após atingir o melhor patamar em quatro meses ontem, o mercado sucumbiu a um movimento de realização de lucros.
• O elevado índice de lavouras em boas a excelentes condições e a previsão de chuvas para o Meio Oeste dos Estados Unidos ajudaram especuladores e fundos a optarem por esse movimento de correção.
• O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 5 de julho, 71% estavam entre boas e excelentes -condições, 24% em situação regular e 5% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 71%, 24% e 5%, respectivamente.
CHINA Enquanto autoridades econômicas norte-americanas e chinesas planejam discutir a conformidade da China com o acordo comercial assinado no início deste ano, mais de 40 grupos empresariais dos Estados Unidos pediram a Pequim que intensifique as compras de produtos industrializados do país, bem como de energia e outros produtos, como parte do acordo. As informações são da agência de notícias "Dow Jones". Em uma carta enviada ontem ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, ao representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, e ao viceprimeiro-ministro chinês Liu He, as associações empresariais, lideradas pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos, expressaram forte apoio ao pacto comercial de fase um, mas pressionaram os dois lados - especialmente a China - para "redobrar esforços para implementar todos os aspectos do acordo".
CÂMBIO O dólar comercial fechou em alta de 0,63% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3860 para venda, em mais um dia de forte volatilidade acompanhando o movimento negativo para as moedas de países emergentes, enquanto aqui, a confirmação do presidente Jair Bolsonaro de que um teste feito ontem deu positivo para a covid-19 corroborou para as fortes oscilações da moeda ao longo da tarde.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.