SOJA INICIA A SEMANA COM FORTE QUEDA EM CHICAGO E MERCADO PERMANECE TRAVADO
Na segunda-feira, o mercado interno de soja iniciou a semana lento nas diversas praças de negociação do país. Em Chicago, a commodity teve um dia de fortes perdas, atingindo os patamares de US$ 8,7050 por bushel ao longo do dia. Já o câmbio, avançou significativamente e encostou nos níveis de R$ 5,40, neutralizando parte das perdas. Com isso, os preços voltaram a recuar no mercado físico e a ponta vendedora permanece distante das negociações.
RS: o mercado segue lento e as cotações recuaram no estado. Na região portuária, para embarque em abril/maio/21 e pagamento em meados de junho/21, havia possibilidade de negócios na faixa de R$ 107 por saca CIF Rio Grande. Para embarque e pagamento em meados de agosto/setembro deste ano, indicações estão entre R$ 117,50 e R$ 118, porém sem contrapartida de venda.
PR: cotações nominais e mercado lento. Para embarque em fevereiro/21 e pagamento em abril/21, as indicações estão entre de R$ 106 e R$ 107 por saca CIF região portuária. Para embarque e pagamento em setembro/outubro deste ano, indicações estão entre R$ 115 e R$ 116 CIF Paranaguá, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão, no farelo e no óleo na segunda-feira. Nas posições spot, as perdas foram de 1,68% no grão, de 2,64% no farelo e de 0,49% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/20 do grão atingiu a máxima de US$ 8,8875 por bushel. No final da sessão, trocou de mãos a US$ 8,7650 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com perdas de até 13,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/20 operava com perdas de 11,25 pontos, com negócios a US$ 8,76 por bushel.
• A previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas e as preocupações com a tensão comercial entre China e Estados Unidos pressionaram o mercado.
• Hoje, o assessor econômico da Casa Branca Larry Kudlow disse que o presidente Donald Trump não está de bom humor com a China por causa da pandemia de coronavírus, das novas leis de segurança para Hong Kong e do tratamento aos uigures, mas que o país ainda faz parte da primeira fase do seu enorme acordo comercial com a China.
• O mercado teme que a demanda chinesa pela soja americana esteja comprometida em meio à guerra comercial e a tensão geopolítica entre as duas principais economias do mundo.
• As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 483.331 toneladas na semana encerrada no dia 9 de julho, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas esperavam o número em 475 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 560.655 toneladas.
• Os operadores aguardam agora o relatório de condições das lavouras, que será divulgado logo mais pelo USDA. A expectativa é que o índice de lavouras entre boas e excelentes condições caia de 71% na semana passada para 70%.
CHINA A primeira fase do acordo comercial com a China está intacto e a decisão de continuar comprando produtos feitos nos Estados Unidos cabe a Pequim, disse o presidente norte-americano, Donald Trump, em declarações a repórteres na Casa Branca. "Está intacto. Eles continuam comprando de nós", afirmou Trump depois de dizer, na semana passada, que a segunda fase do acordo comercial com a China não está mais entre as prioridades de seu governo.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em alta de 1,25% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3900 para venda, ao acelerar a alta na reta final dos negócios reagindo à notícia de que o governo da Califórnia, nos Estados Unidos, ordenou a suspensão de atividades em locais fechados em novas medidas de isolamento com o intuito de controlar o ressurgimento de uma segunda onda de contaminação do novo coronavírus.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.