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Informativo Diário

22/02/2021

MERCADO DE SOJA ENCERRA A SEMANA LENTO, ACOMPANHANDO DÓLAR E PRÊMIOS

Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana pouco movimentado nas principais praças de negociação do país. A firme queda do câmbio e os prêmios significativamente mais baixos nos portos definiram o ritmo lento do mercado. Com preços pouco atrativos e avanço tímido da colheita, o mercado segue pouco ofertado e somente lotes pontuais seguem sendo comercializados. Ainda com bastante umidade na maioria das regiões, os trabalhos de colheita da nova safra brasileira de soja atingem 12,4% da área total estimada.

RS: o mercado permanece vazio de ofertas e os preços tiveram oscilação mista no estado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de junho/21, indicações nominais até R$ 166 por saca. No interior do estado, indicações nominais entre R$ 162 e R$ 163 por saca CIF para embarque e pagamento dentro de fevereiro.

PR: cotações recuando no estado e somente lotes pontuais sendo comercializados. Para embarque e pagamento em meados de março/21, indicações nominais na faixa de R$ 163 por saca CIF na região portuária, no melhor momento do dia. Na região oeste, indicações nominais na faixa de R$ 157 por saca no disponível, porém sem lotes significativos comercializados.


CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no óleo, e mistos no farelo na sexta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 0,16% no grão e de 1,36% no óleo, e perdas de 0,37% no farelo. No melhor momento do dia, o contrato março/21 do grão atingiu a máxima de US$ 13,8875 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 13,7725/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 5,5 pontos nos principais vencimentos. O vencimento maio/21 operava com ganhos de 1,5 ponto, com negócios a US$ 13,78 por bushel.

• Assimilando os dados do Fórum Anual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), fundos e especuladores marcaram presença na ponta compradora, com base em fatores técnicos.

• A produção de soja norte-americana em 2021/22 deverá totalizar 4,525 bilhões de bushels ou 123,15 milhões de toneladas. No ano passado, a safra americana somou 4,135 bilhões de bushels ou 112,5 milhões de toneladas. O mercado projetava produção de 4,505 bilhões ou 122,6 milhões de toneladas.

• Confirmando o que foi antecipado ontem, o plantio deverá ocupar 90 milhões de acres, subindo consistentemente sobre o total cultivado no ano passado, de 83,1 milhões de acres.

• Os estoques finais deverão subir de 120 milhões de bushels para 145 milhões. O mercado apostava em número de 185 milhões de bushels. O esmagamento deverá passar de 2,2 bilhões de bushels para 2,21 bilhões. As exportações deverão cair de 2,25 bilhões para 2,2 bilhões de bushels.

• Este aumento abaixo do esperado nos estoques foi decisivo para a alta de hoje. Na semana, a posição março subiu 0,38%.

• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 455.900 toneladas na semana encerrada em 11 de fevereiro. Representa uma retração de 43% frente à semana anterior e um recuo de 53% sobre a média das últimas quatro semanas. A Indonésia liderou as importações, com 92.900 toneladas.

• Para 2021/22, foram mais 168.000 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 400 mil e 950 mil toneladas, somando-se as duas temporadas.


CHINA A Parceria Econômica de Compreensão Regional (Regional Comprehensive Economic Partnership. RCEP), o maior pacto de livre comércio do mundo ao qual a China aderiu no final de 2020 e que provavelmente entrará em vigor a partir de meados de 2021, não terá nenhum grande impacto nas exportações de soja e milho dos Estados Unidos para a China em um futuro próximo.


CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 1,08% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3840 para venda, em sessão volátil, com investidores calibrando as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a política de preços da Petrobras, apostas de alta da taxa básica de juros (Selic) em março, fluxo local e o movimento no exterior. Na semana, mais curta em razão do feriado prolongado de carnaval, a moeda subiu 0,19%, interrompendo a sequência de três semanas seguidas de sinal negativo.


Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.





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