DÓLAR CHEGA A R$ 5,77, MAS FECHA PRATICAMENTE ESTÁVEL E NEGÓCIOS RAZOÁVEIS SÃO REPORTADOS NO PAÍS
Na quarta-feira, o mercado interno de soja permaneceu com movimentação razoável nas principais praças de negociação do país. No melhor momento da sessão, enquanto o câmbio se aproximava do patamar de R$ 5,80 por dólar, os preços avançaram no mercado físico e um volume razoável de negócios foi reportado. Porém, após o meio pregão a moeda norte-americana perdeu força e as cotações internas recuaram, fechando o pregão pouco alteradas. Ainda assim, a saca da soja já ultrapassa os R$ 180 no porto de Rio Grande nos negócios com embarque e pagamento para meados de julho. Rumores apontam pelo menos 120 mil toneladas de soja trocando de mãos ao longo do dia no país.
RS: cotações de estáveis a mais baixas e negócios razoáveis reportados. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, rumores de negócios até R$ 181,50 por saca CIF na melhor parte do dia. No interior do estado, comprador indicando até R$ 171 por saca FOB para embarque e pagamento curto.
PR: negócios razoáveis seguem sendo reportados em um mercado com preços mistos. Para embarque e pagamento em meados de abril/21, rumores de negócios entre R$ 177 e R$ 178 por saca CIF na região portuária, no melhor momento do dia. Na região oeste, indicações na faixa de R$ 159 por saca no disponível, patamares onde pelo menos 50 mil toneladas de soja trocaram de mãos ao longo do dia.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam mistos no grão, em queda no farelo e em alta no óleo na quartafeira. Nas posições spot, as perdas foram de 0,22% no grão e de 0,73% no farelo, e ganhos de 0,15% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato março/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,1750 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 14,1075/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com perdas de até 13,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento maio/21 operava com perdas de 11,25 pontos, com negócios a US$ 14,0125 por bushel.
• A preocupação com a demanda manteve o mercado sob pressão e contribui para um movimento de liquidação por parte de fundos e especuladores.
• O anúncio de mais um surto de peste suína africana na China trouxe preocupações sobre a demanda do país asiático por produtos que compõem a ração animal. Além disso, hoje foi mais um dia sem anúncio de vendas por parte dos exportadores privados norte-americanos.
• Para amanhã, o mercado aguarda os números para as vendas líquidas semanais dos Estados Unidos. Os dados serão conhecidos às 10h30min. O mercado projeta número entre 200 mil e 700 mil toneladas.
• As perdas de hoje foram limitadas pelo cenário fundamental. Os contratos encerraram longe das mínimas, ainda reflexo da preocupação com o clima de pouca chuva na Argentina e de excesso no Brasil.
CHINA O governo de Joe Biden usará todas as ferramentas disponíveis para responder às alegadas práticas comerciais injustas de Pequim enquanto realiza uma revisão abrangente de sua política comercial com a China. As informações são da agência de notícias "Dow Jones". Ao divulgar sua primeira agenda comercial, o governo disse que está comprometido com o uso de tarifas e outras ferramentas para combater as alegadas práticas comerciais injustas da China, incluindo subsídios injustos para indústrias favorecidas e uso de trabalho forçado voltado para uigures e outras minorias étnicas.
CÂMBIO O dólar comercial fechou com leve queda de 0,08% no mercado à vista, cotado a R$ 5,6620 para venda, em dia forte volatilidade com a moeda chegando às máximas de R$ 5,7730 - maior valor intraday desde 30 de outubro - seguindo o exterior mais negativo para as moedas de países emergentes em meio à alta do rendimento das taxas de juros futuros dos títulos de dívida do governo norteamericano, as treasuries, que ganharam fôlego ao longo da sessão.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.