COTAÇÕES DA SOJA INICIAM A SEMANA FIRMES NO FÍSICO, ACOMPANHANDO ALTA DE CHICAGO E DÓLAR
Na segunda-feira, o mercado interno de soja iniciou a semana pouco agitado nas principais praças de negociação do país. Os preços da oleaginosa voltaram a avançar no mercado físico, porém somente lotes pontuais seguem sendo comercializados. Em Chicago, a commodity avançou pelo quinto pregão consecutivo, com a posição novembro encostando na linha dos US$ 13,00 por bushel ao longo do dia. Da mesma forma, o câmbio mantém sua trajetória ascendente, enfileirando a quarta sessão seguida de alta e flertando com os R$ 5,40 no melhor momento do dia.
RS: dia de preços firmes e mercado calmo no estado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de outubro/novembro, indicações até R$ 177 por saca CIF. No interior do estado, indicações até R$ 172,50 por saca FOB para embarque e pagamento dentro do mês de setembro.
PR: houve alta nas cotações em um mercado pouco ofertado. Para embarque em fevereiro/22 e pagamento em meados de abril/22, indicações entre R$ 161 e R$ 162 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra até R$ 171,50 por saca para embarque e pagamento em meados de outubro.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo na segunda-feira. Nas posições spot, ganhos de 0,19% no grão, de 0,35% no farelo e de 0,56% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 12,97 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 12,8750 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 11,50 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/22 operava com perdas de 9,50 pontos, com negócios a US$ 13,0725 por bushel.
• Sinais de demanda pelo produto americano sustentaram as cotações.
• Os ganhos, no entanto, foram limitados pela evolução da colheita nos Estados Unidos. Os agentes se posicionam frente ao relatório de quinta do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). • Os exportadores privados anunciaram ao USDA a venda de 334 mil toneladas para a China, com entrega em 2021/22. Os números de inspeção de exportação da semana foram positivos. As inspeções chegaram a 440.742 toneladas na semana encerrada no dia 23 de setembro. O mercado esperava o número em 325 mil toneladas.
• O avanço da colheita limitou ganhos mais consistentes. No final do dia, o USDA vai divulgar os números de evolução da colheita. O mercado aposta em 15%, com 58% das lavouras entre boas e excelentes condições.
• Os agentes também se preparam frente ao relatório de estoques trimestrais, que será divulgado na quinta. Os estoques deverão ficar abaixo do número indicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em igual período do ano anterior.
• A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 172 milhões de bushels. Em igual período do ano anterior, o número era de 525 milhões de bushels. Em 1 de junho, data do relatório anterior, os estoques estavam em 767 milhões de bushels.
CHINA As principais construtoras da China vão manter os níveis de alavancagem elevados porque financiarão novos projetos por meio de endividamento, e a tendência é que o aumento nos custos de insumos reduzam as margens de lucro, mesmo diante de um aumento no faturamento e das nova encomendas, segundo a agência de classificação de risco Moody’s. "A dívida vai aumentar porque as empresas de construção da China classificadas estão participando como investidores em um número crescente de parcerias público-privadas (PPPs) formadas para financiar e desenvolver projetos de infraestrutura", disse Gary Lau, diretor-gerente na Moody’s.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em R$ 5,3790, com alta de 0,65%. A moeda norteamericana foi fortalecida por declarações de integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) dizendo que o tapering (remoção de estímulos) se aproxima e pelas incertezas políticas e fiscais domésticas que continuam no radar. Para o analista da Top Gain, Leonardo Santana, "mesmo depois de dois swaps o dólar continua positivo". Ele classifica o movimento do Banco Central como "insuficiente", algo pontual, além de projetar um câmbio pressionado até o final do ano.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.