SOJA INICIA A SEMANA COM FORTE ALTA EM CHICAGO, PREÇOS AVANÇAM NO FÍSICO, MAS MERCADO PERMANECE LENTO NO PAÍS
Na segunda-feira, o mercado interno de soja iniciou a semana calmo nas principais praças de negociação do país. Iniciando a semana de forma bastante positiva, a commodity abriu o pregão com todos os referenciais em alta. Em Chicago, a commodity registrou ganhos acima dos 40 pontos nos principais vencimentos. Já o câmbio, chegou a operar nos patamares de R$ 4,97 ao longo do dia, mas perdeu força perto do fechamento e encerrou com ligeiras perdas. Os prêmios também avançaram, ficando entre US$ 0,40 e US$ 0,65 por bushel na posição julho/21 e entre US$ 0,95 e US$ 1,03 por bushel na posição agosto/21. Com isso, as cotações avançaram no físico, mas os agentes permanecem retraídos e somente lotes pontuais foram comercializados no país.
RS: dia de alta nos preços e mercado pouco movimentado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de agosto/21, indicações nominais de compra entre R$ 151,50 e R$ 152 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 151. No interior do estado, indicações nominais entre R$ 145 e R$ 146 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: cotações avançando em um mercado calmo. Para embarque e pagamento em meados de julho/agosto deste ano, indicações nominais de compra entre R$ 152 e R$ 154 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações nominais de compra na faixa de R$ 146,50 por saca para embarque e pagamento em meados de julho/agosto deste ano.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo na segunda-feira. Nas posições spot, ganhos de 2,03% no grão, de 1,38% no farelo e de 4,17% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/21 do grão atingiu a máxima de US$ 13,6550 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 13,5675 por bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 42,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/21 operava com ganhos de 35,75 pontos, com negócios a US$ 13,3850 por bushel.
• A previsão de volta do clima seco e de temperaturas elevadas para o Meio Oeste americano impulsionou um movimento de cobertura de posições vendidas e compras de barganha.
• Os agentes também começam a posicionar suas carteiras frente aos números que serão divulgados na quarta pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
• O Departamento deverá indicar uma área plantada norte-americana com soja de 89,15 milhões de acres, com avanço sobre o ano anterior e na comparação com a intenção de plantio, divulgada em março. O relatório de área plantada será divulgado na quarta, 30, às 13hs.
• A previsão é compartilhada por analistas e corretores consultados pelas agências internacionais. Segundo a consulta, o USDA deverá indicar área de 89,150 milhões de acres, acima dos 83,084 milhões de acres cultivados em 2020.
• No final de março, o USDA divulgou o relatório de intenção de plantio. Naquela oportunidade, o Departamento apostava em uma área de 87,6 milhões de acres.
• O Departamento vai divulgar na quarta também o relatório para os estoques trimestrais americanos na posição 1o de junho. O mercado aponta estoques de 795 milhões de bushels. Em 1o de março, o estoque ficou em 1,564 bilhão e em junho do ano passado os produtores tinham 1,382 bilhão de bushels armazenados.
• As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 103.965 toneladas na semana encerrada no dia 25 de junho, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. O mercado esperava o número em 200 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 205.155 toneladas.
• Ainda hoje o Departamento vai divulgar o relatório de acompanhamento das lavouras americanas. O mercado aposta que o número de plantações entre boas e excelente condições deverá passar de 60% na semana passada para 61% até ontem.
CHINA Os lucros industriais da China aumentaram 36,4% em maio em relação ao mesmo período do ano anterior, desacelerando em relação ao crescimento de 57% em abril, devido a uma comparação de base menor. As informações são da agência de notícias "Dow Jones".
CÂMBIO Após passar a maior parte da sessão operando com viés de alta, o dólar comercial virou na hora final das negociações e acabou fechando com ligeira queda de 0,16%, sendo negociado a R$ 4,9280 para venda. Investidores seguem atentos e cautelosos com indicadores importantes nessa semana, com a continuidade da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia e a entrega, na sexta-feira, da proposta para a reforma tributária.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.