PREÇOS DISPARAM NO FÍSICO E COMERCIALIZAÇÃO GANHA RITMO NO PAÍS, SEGUINDO FIRME ALTA EM CHICAGO
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana agitado nas diversas praças de negociação do país. Ainda digerindo os dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a commodity avançou acentuadamente em Chicago, impulsionando os preços físicos e dando melhor ritmo à comercialização no país. No melhor momento do pregão, o contrato novembro/21 avançava mais de 24 pontos, fechando próximo da máxima do dia. Segundo rumores, pelo menos 100 mil toneladas de soja trocaram de mãos ao longo da sessão.
RS: melhores negócios reportados em um mercado com preços mais altos. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de setembro/21, indicações de compra na faixa de R$ 175 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 174. No interior do estado, indicações até R$ 170 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de setembro, patamares onde pelo menos 30 mil toneladas de soja foram comercializadas.
PR: cotações avançando no estado em dia de melhores negócios reportados. Para embarque imediato e pagamento em meados de setembro deste ano, indicações de compra entre R$ 174,50 e R$ 175 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 168,50 por saca para embarque imediato e pagamento em meados de agosto deste ano, patamares onde pelo menos 50 mil toneladas de soja trocaram de mãos no estado.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no óleo, e mistos no farelo na sexta-feira. Nas posições spot, ganhos de 1,62% no grão e de 0,75% no farelo. O óleo encerrou estável. No melhor momento do dia, o contrato agosto/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,3450 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 14,2425 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 23,50 pontos nos principais vencimentos. O vencimento novembro/21 operava com ganhos de 17,25 pontos, com negócios a US$ 13,5825 por bushel.
• Sinais de demanda pelo produto dos Estados Unidos e o impacto positivo do relatório de ontem do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) asseguraram os bons ganhos.
• Pelo sétimo dia útil seguido, o USDA anunciou vendas por parte de exportadores privados. Hoje foram mais 126 mil toneladas para a China e 326,2 mil toneladas para destinos não revelados.
• Os agentes também seguiram avaliando o relatório de agosto do Departamento, divulgado ontem e que indicou safra dos Estados Unidos menor do que o esperado.
• Para a próxima semana, dois pontos merecem atenção: o esmagamento de soja de julho dos Estados Unidos, que será anunciado na segunda, e os resultados da tradicional Crop Tour, realizada pela Pro Farmer. Durante toda a semana, as equipes divulgarão análises nos principais estados produtores. Os números finais serão disponibilizados na sexta, 20.
CHINA O fechamento de um dos principais terminais do maior porto do mundo, Ningbo-Zhoushan, no leste da China, por um caso do novo coronavírus pode gerar problemas de logística global. As informações são da agência de notícias "Dow Jones". Segundo a imprensa oficial, um trabalhador de 34 anos no terminal de contêineres de Meidong - por onde passa cerca de 25% da carga do porto, segundo a consultoria GardaWorld - testou positivo assintomático para covid19 nesta quarta-feira, então as autoridades decidiram suspender suas operações. Este é o primeiro caso registrado nos últimos meses entre trabalhadores portuários do gigante asiático.
CÂMBIO O dólar comercial fechou queda de 0,19%, negociado a R$ 5,2460 para venda. As preocupações sobre os rumos da política fiscal ainda estão no radar, mas por ora o discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o bom resultado do Indice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central mantiveram a moeda norte-americana em baixa.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.