EM DIA DE USDA, SOJA TEM PREÇOS MISTOS E NEGÓCIOS MODERADOS NA SAFRA NOVA
Na quinta-feira, o mercado interno de soja permaneceu calmo nas diferentes praças de negociação do país. Em dia de relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado iniciou o dia pouco movimentado. Após a divulgação, a commodity passou a operar com perdas na faixa dos 15 pontos nos primeiros vencimentos em Chicago e ganhos na faixa dos 10 pontos nos contratos com vencimento em 2022, o que possibilitou negócios moderados na safra nova. Os prêmios tiveram ligeiro avanço, ficando entre US$ 0,00 e US$ 0,05 por bushel na posição julho/21 e entre US$ 0,50 e US$ 0,55 por bushel na posição agosto/21.
RS: mercado calmo e cotações de estáveis a mais baixas. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicações de compra entre R$ 173 e R$ 174 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 172,50. No interior do estado, comprador indicando entre R$ 167 e R$ 168 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: dia de preços nominais em um mercado calmo. Para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicações nominais de compra entre R$ 172 e R$ 173 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações nominais de compra na faixa de R$ 166 por saca para embarque e pagamento em meados de julho deste ano. Para 2022, negócios razoáveis na faixa de R$ 168 por saca CIF na região portuária.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam mistos no grão, no farelo, e no óleo na quinta-feira. Nas posições spot, perdas de 1,18% no grão, de 1,24% no farelo e de 1,57% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/21 do grão atingiu a máxima de US$ 15,7650 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 15,44 por bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com perdas de até 3 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/21 operava com perdas de 2,5 pontos, com negócios a US$ 15,2050 por bushel.
• A maior parte dos contratos do grão subiram, enquanto os do farelo caíram. O mercado repercutiu a divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
• Os primeiros contratos foram pressionados pela inesperada redução da demanda por esmagamento de soja entre a primavera e o verão, no hemisfério norte. O USDA indicou o processamento nos EUA em 2020/21 em 59,16 milhões de toneladas, contra 59,6 milhões projetados em maio. Outro fator de pressão foi o indicativo de estoques norte-americanos em 2021/22 acima do esperado pelo mercado.
• O USDA indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,405 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 119,88 milhões de toneladas. O mercado esperava safra de 4,414 bilhões ou 120,13 milhões. Não houve alteração na comparação com o levantamento de maio.
• Os estoques finais estão estimados em 155 milhões de bushels ou 4,22 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 139 milhões ou 3,78 milhões de toneladas. Em maio, o número era de 140 milhões de bushels ou 3,81 milhões de toneladas. USDA indicou esmagamento em 2,225 bilhões de bushels e exportação de 2,075 bilhões, inalterados na comparação com o número anterior.
• O relatório projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 385,52 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 92,55 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 91,6 milhões de toneladas. Em maio, o USDA indicou produção de 385,53 milhões e estoques de 91,1 milhões de toneladas.
• Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 144 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 52 milhões de toneladas. As importações chinesas deverão ficar em 103 milhões de toneladas. Os números são os mesmos do relatório anterior.
• Para a temporada 2020/21, a estimativa para a safra mundial ficou em 364,07 milhões de toneladas. Os estoques de passagem estão projetados em 88 milhões de toneladas. O mercado apostava em estoques de 86,7 milhões de toneladas.
• A produção do Brasil foi elevada de 136 milhões de toneladas para 137 milhões, acima do esperado pelo mercado, de 136,2 milhões. Já a safra argentina foi mantida em 47 milhões de toneladas. O mercado apostava em safra de 46,5 milhões de toneladas. A previsão para as importações chinesas foi mantida em 100 milhões de toneladas.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 15.700 toneladas na semana encerrada em 3 de junho. Representa um recuo de 12% frente à semana anterior e de 75% sobre a média das últimas quatro semanas.
• Para 2021/22, as vendas ficaram em 105,000 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 100 mil e 400 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
CHINA A China e os Estados Unidos concordaram em promover a cooperação "pragmática" de comércio e investimento e reconheceram a importância em manter abertos os canais de diálogo, ao realizarem mais uma rodada de negociações comerciais.
CÂMBIO O dólar comercial fechou com leve queda de 0,07% no mercado à vista, cotado a R$ 5,0660 para venda, em sessão de forte volatilidade e amplitude, em dia de divulgação dos números da inflação nos Estados Unidos, com o dado acima do esperado, e investidores fazendo ajustes técnicos aqui e no exterior à espera das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central (BC) na semana que vem.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.