SOJA TEM DIA DE PREÇOS REGIONALIZADOS E MERCADO BASTANTE LENTO
Na quarta-feira, o mercado interno de soja permaneceu lento nas diversas praças de negociação do país. Depois de registrar firme alta na sessão anterior, a commodity realizou lucros em Chicago. O câmbio também fechou no campo negativo, contribuindo para o recuo dos preços físicos em boa parte das regiões. Por conta da falta de chuvas, que trouxe atraso no ciclo da oleaginosa, os agentes permanecem receosos em relação ao cumprimento dos contratos e continuam distantes das negociações.
RS: dia de preços mais fracos e mercado lento. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 169 por saca no melhor momento do dia. No interior do estado, indicações nominais entre R$ 163 e R$ 164 por saca CIF para embarque e pagamento dentro de janeiro, porém sem contrapartida de vendas.
PR: houve queda nos preços e o mercado permanece lento no estado. Para embarque e pagamento em meados de março/21, indicações de compra na faixa de R$ 168 por saca CIF na região portuária, também no melhor momento do dia. Na região oeste, indicações nominais na faixa de R$ 165 por saca no disponível, porém sem lotes significativos comercializados.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam mistos no grão e no farelo, e em queda no óleo na quartafeira. Nas posições spot, as perdas foram de 0,77% no grão, de 1,86% no farelo e de 1,04% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato janeiro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,3825 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 14,11/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com perdas de até 11 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/21 operava com perdas de 11 pontos, com negócios a US$ 14,0725 por bushel.
• Após a disparada de ontem, o dia foi de consolidação e realização de lucros.
• Mas uma venda volumosa de 464,3 mil toneladas por parte de exportadores privados para destinos não revelados e os reflexos do relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foram suficientes para limitar o tamanho do recuo técnico. O USDA indicou aperto na oferta global da oleaginosa e catapultou os preços para os melhores níveis desde junho de 2014.
• Para amanhã, as atenções se voltam para os números de exportação semanal dos Estados Unidos, que serão divulgados na parte da manhã pelo USDA. O mercado projeta vendas líquidas entre 300 mil e 1,2 milhão de toneladas.
CHINA Segundo estudo do Rabobank, as importações de soja da China vão exceder as 100 milhões de toneladas na temporada 2020/21. Em 2021, os preços do farelo de soja no país vão buscar suporte na forte demanda para a ração animal. Já as cotações do óleo de soja devem receber pressão da entrada do produto da América do Sul, entre março e abril. As informações são do Estudo Rabobank - China Food & Agribusiness Monthly.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em queda de 0,20% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3110 para venda, em sessão de forte volatilidade com o dólar ensaiando correção após a forte queda ontem no mercado doméstico e global, porém, calibrando a alta recente da moeda ante o real, que levou aos níveis de R$ 5,50.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.