CHICAGO E DÓLAR AVANÇAM, PREÇOS DISPARAM NO FÍSICO, MAS SOMENTE LOTES PONTUAIS SÃO COMERCIALIZADOS NO PAÍS
Na quarta-feira, o mercado interno de soja continuou pouco movimentado nas diversas praças de negociação do país. Recuperando parte das perdas da sessão anterior, a commodity registrou firmes ganhos em Chicago, subindo mais de 26 pontos ao longo do dia. Enfileirando o sétimo pregão consecutivo de alta, o câmbio também avançou consistentemente, encostando no patamar de R$ 5,30 por dólar durante a sessão. De olho na reversão de tendência da moeda norte-americana, os agentes permanecem cautelosos e aguardam melhores condições para negociar. Diante disso, os preços avançaram acentuadamente no mercado físico, mas somente lotes pontuais foram comercializados.
RS: dia de alta nos preços em um mercado pouco ofertado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de agosto/21, indicações nominais de compra entre R$ 165,50 e R$ 166 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 165. No interior do estado, indicações entre R$ 159 e R$ 160 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: houve alta nos preços e não foram reportados negócios significativos no estado. Para embarque e pagamento em meados de agosto deste ano, indicações nominais de compra entre R$ 165 e R$ 167 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 156,50 por saca para embarque e pagamento em meados de julho/agosto deste ano, porém sem contrapartida de vendas.
CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo na quarta-feira. Nas posições spot, ganhos de 1,66% no grão, de 0,61% no farelo e de 1,45% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato julho/21 do grão atingiu a máxima de US$ 14,02 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 13,8650 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 26,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento agosto/21 operava com ganhos de 25,5 pontos, com negócios a US$ 13,6975 por bushel.
• Compras de barganha, baseadas em fatores técnicos, e a piora nas condições das lavouras americanas contribuíram na elevação.
• Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até 4 de julho, 59% estavam entre boas e excelentes condições - o mercado esperava 60% -, 30% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 60%, 31% e 9%, respectivamente.
• Os agentes seguem de olho no clima para as regiões produtoras dos Estados Unidos. No curto prazo, a previsão é de condições favoráveis às lavouras, com temperaturas baixas e chuvas. Esse quadro limitou parcialmente a recuperação de hoje e aponta para uma melhora no índice de plantações entre boas e excelentes condições no relatório da próxima semana.
CHINA As reservas cambiais da China caíram US$ 7,8 bilhões em junho, após subirem por dois meses consecutivos, de acordo com dados divulgados pelo Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país). As informações são da agência de notícias "Dow Jones". As reservas cambiais do país caíram para US$ 3,214 trilhões no final de junho, ante US$ 3,222 trilhões no final de maio, disse o Pboc. A queda foi menor do que o declínio de US$ 22 bilhões esperado por economistas ouvidos pelo "The Wall Street Jornal".
CÂMBIO O dólar comercial fechou em alta de 0,55% no mercado à vista, cotado a R$ 5,2380 para venda, engatando a sétima alta seguida e no maior valor de fechamento desde 27 de maio, em sessão de forte volatilidade e amplitude da moeda, ainda na esteira da cautela local com o cenário político, fiscal e com investidores digerindo a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.