SOJA ATINGE MAIOR NÍVEL DE FECHAMENTO EM CERCA DE 10 ANOS, PREÇOS CONTINUAM AVANÇANDO E MELHORES NEGÓCIOS SÃO REPORTADOS NO PAÍS
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana com movimentação moderada nas diferentes praças de negociação do país. Em Chicago, a commodity voltou a operar com forte alta, se aproximando do patamar de US$ 14,00 por bushel e encerrando no maior valor de fechamento em aproximadamente 10 anos. O câmbio também continua firme, se mantendo acima dos R$ 5,40 por dólar. Com melhores condições, negócios moderados seguem sendo reportados. Rumores apontam pelo menos 50 mil toneladas de soja trocando de mãos no país ao longo do dia.
RS: mercado vazio de ofertas e preços firmes no estado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 168 por saca no melhor momento do dia. No interior do estado, indicações nominais entre R$ 161 e R$ 163 por saca CIF para embarque e pagamento dentro de janeiro, porém sem contrapartida de vendas.
PR: dia de alta nos preços e negócios moderados reportados. Para embarque e pagamento em meados de março/21, indicações de compra na faixa de R$ 166 por saca CIF na região portuária, também no melhor momento do dia. Na região oeste, indicações nominais na faixa de R$ 165 por saca no disponível, porém sem lotes significativos comercializados.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e mistos no óleo na sexta-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 1,12% no grão e de 1,55% no farelo, e perdas de 1,33% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato janeiro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 13,8375 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 13,7575/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 22,5 pontos nos principais vencimentos. O vencimento março/21 operava com ganhos de 22,5 pontos, com negócios a US$ 13,7775 por bushel.
• As preocupações com o clima seco na América do Sul e a boa demanda chinesa pelo produto americano garantiram a elevação, ampliando a valorização da posição março para 4,87% nesta primeira semana do ano.
• O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 204 mil toneladas de soja por parte dos exportadores privados para a China. Com o atraso na entrada brasileira e os possíveis prejuízos no potencial produtivo, o mercado aposta na continuidade da procura nos Estados Unidos e projetam corte na oferta global.
• O USDA deverá reduzir a sua estimativa para os estoques de soja americanos e globais para a temporada 2020/21. A previsão para a safra americana também deverá ser revisada para baixo. O relatório de janeiro do Departamento será divulgado na terça, 12, às 14hs.
• Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques dos EUA em 135 milhões de bushels. Em dezembro, a previsão ficou em 175 milhões.
• Para a safra, o mercado aposta em projeção sendo reduzida para 4,155 bilhões de bushels. No relatório anterior, o número ficou em 4,170 bilhões de bushels.
• A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 83 milhões de toneladas, contra 85,6 milhões projetados no mês passado pelo Departamento.
• Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1o de dezembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo Departamento em igual período do ano anterior.
• A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 2,904 bilhões de bushels. O relatório trimestral será divulgado às 14hs, da terça, 12. Em igual período do ano anterior, o número era de 3,252 bilhões de bushels.
• Em 1 de setembro, data do relatório anterior, os estoques estavam em 523 milhões de bushels.
ARGENTINA A comercialização da safra 2019/20 de soja da Argentina, em 2020/21, chegou a 76% até 30 de dezembro. Segundo SAFRAS & Mercado, com dados do Ministério da Agricultura argentino, o volume chega a 37,636 milhões de toneladas, somando exportações e consumo da indústria, com queda de 15% ano a ano.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em alta de 0,31% no mercado à vista, cotado a R$ 5,4160 para venda, engatando a terceira alta seguida em mais uma sessão de forte volatilidade, em reação às notícias da política local que elevam as incertezas com o cenário fiscal, aos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e com incertezas vindas de lá em meio à uma possível divisão entre os Democratas sobre estímulos para a economia norte-americana.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.