EM DIA DE USDA, SOJA TEM PREÇOS REGIONALIZADOS E MERCADO ARRASTADO NO PAÍS
Na terça-feira, o mercado interno de soja permaneceu travado nas diferentes praças de negociação do país. Com a divulgação do relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a commodity avançou significativamente em Chicago e chegou a operar nos patamares de US$ 11,4525 por bushel. Porém, boa parte dos agentes ficou fora de mercado por conta da alta volatilidade e os preços permanecem regionalizados no país.
RS: cotações mistas e mercado pouco ofertado no estado. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de julho/21, havia possibilidade de negócios até R$ 141 por saca. No interior do estado, havia possibilidade de negócios até R$ 173 por saca FOB para embarque e pagamento em meados de dezembro deste ano.
PR: mercado segue pouco ofertado e as cotações continuam nominais. Para embarque em março/21 e pagamento no final de abril/21, indicações de compra na faixa de R$ 141 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra na faixa de R$ 165 por saca no disponível. Segundo a Deral, os trabalhos de plantio estão estimados em aproximadamente 84% no estado.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão, no farelo e no óleo terça-feira. Nas posições spot, os ganhos foram de 3,00% no grão, de 2,78% no farelo e de 1,63% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/20 do grão atingiu a máxima de US$ 11,4525 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 11,3825/bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 30,75 pontos nos principais vencimentos. O vencimento janeiro/21 operava com ganhos de 30,75 pontos, com negócios a US$ 11,4125 por bushel.
• O mercado foi impulsionado pelo relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que cortou suas projeções para safra e estoques americanos em 2020/21 para níveis abaixo dos esperados.
• O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,17 bilhões de bushels em 2020/21, o equivalente a 113,49 milhões de toneladas, abaixo da estimativa anterior de 4,268 bilhões ou 116,16 milhões. O mercado apostava em safra de 4,253 bilhões ou 115,74 milhões de toneladas.
• Os estoques finais estão estimados em 190 milhões de bushels ou 5,17 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 239 milhões ou 6,5 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 290 milhões de bushels - 7,9 milhões de toneladas.
• Os números do USDA completaram um quadro extremamente favorável aos preços da oleaginosa, o melhores em mais de quatro anos. A demanda firme pela soja americana, a preocupação com o clima seco no Brasil e o clima de menor aversão ao risco no cenário financeiro internacional vêm sustentando as cotações nos últimos dias.
CHINA O índice de preços ao produtor da China caiu 2,1% em outubro em relação ao mesmo período do ano anterior, mesma taxa de setembro, segundo informações do departamento de estatísticas do país. Na comparação com o mês imediatamente anterior, o índice de preços ao produtor da China ficou estável em outubro, após a alta de 0,1% em setembro.
CÂMBIO O dólar comercial fechou com leve alta de 0,07% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3900 para venda, interrompendo uma sequência de quatro pregões seguidos de sinal negativo, em dia de forte volatilidade da moeda. Além de seguir o exterior, um viés de correção local e de cautela com o cenário fiscal deram ao tom ao movimento intenso da moeda ao longo da sessão.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.