SOJA TEM QUINTO PREGÃO CONSECUTIVO DE PERDAS EM CHICAGO, PREÇOS CONTINUAM CEDENDO E COMERCIALIZAÇÃO SEGUE ARRASTADA NO PAÍS
Na quarta-feira, o mercado interno de soja continuou bastante lento nas principais praças de negociação do país. A commodity segue ampliando perdas em Chicago, atingindo a mínima de US$ 12,70 por bushel ao longo do dia e fechando pouco acima desse patamar. O câmbio teve uma sessão volátil, oscilando entre os territórios positivo e negativo, encerrando com ligeiros ganhos. No mercado físico os preços continuam cedendo, os agentes permanecem retraídos e somente lotes pontuais envolvendo volumes pouco significativos seguem sendo comercializados.
RS: negócios escassos em um mercado com preços em queda. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de outubro, indicações na faixa de R$ 166 por saca CIF. No interior do estado, indicações até R$ 164 por saca FOB para embarque e pagamento dentro do mês de setembro.
PR: houve queda nas cotações em um mercado pouco ofertado. Para embarque e pagamento em meados de fevereiro/22, indicações entre R$ 155 e R$ 156 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicações de compra até R$ 163 por saca para embarque e pagamento em meados de outubro, porém sem contrapartida de venda.
CHICAGO(CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em queda no grão e no óleo, e mistos no farelo na quartafeira. Nas posições spot, perdas de 1,61% no grão, de 0,77% no farelo e de 1,76% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato novembro/21 do grão atingiu a máxima de US$ 12,9575 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 12,7775 por bushel. Por volta das 13h (Brasília), a soja operava com perdas de até 22,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento novembro/21 operava com perdas de 19 pontos, com negócios a US$ 12,7350 por bushel.
• As preocupações com as exportações norte-americanas provocaram o quinto dia consecutivo de perdas.
• A passagem do furacão Ida causou estragos em alguns terminais portuários dos Estados Unidos, o que deverá atrasar o ritmo dos embarques de soja. Com isso, os compradores poderão voltar sua demanda para o Brasil.
• O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas completou o cenário positivo, além da queda do petróleo no mercado internacional.
• Para amanhã, os agentes voltam suas atenções para os dados semanais para as vendas líquidas americanas. O mercado aposta em número oscilando entre 625 mil e 1,3 milhão de toneladas.
CHINA O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da China caiu para 49,2 pontos em agosto, após registrar 50,3 pontos em julho, de acordo com dados divulgados pelo instituto IHS Markit em parceria com o grupo de mídia Caixin. Leituras acima de 50 pontos sugerem expansão da atividade, enquanto valores menores apontam contração. O PMI de agosto entrou em território de contração pela primeira vez desde abril de 2020, devido ao reaparecimento de clusters de covid-19 em várias regiões a partir do final de julho.
CÂMBIO O dólar comercial fechou em R$ 5,1820, com alta de 0,19%. A moeda norteamericana operou em queda a maior parte do dia, mas as pressões dos resultados negativos do PIB do segundo trimestre deste ano, além das incertezas fiscais e crise energética contribuíram para essa virada no câmbio. O economista da Renascença Corretora, Daniel Queiroz, é enfático: "Foi uma decepção do mercado com o PIB, fazendo com que várias casas revisem suas projeções para baixo. Além disso, o aumento da bandeira vermelha para R$ 14,20 para cada 100 kWh consumidos na conta de luz também pressiona a inflação e deixa o mercado alerta", pontua.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.