EM DIA DE USDA, CHICAGO TEM PREGÃO VOLÁTIL, PREÇOS OSCILAM DE FORMA MISTA E MERCADO TEM MAIS UMA SESSÃO ARRASTADA
Na quinta-feira, o mercado interno de soja continuou pouco movimentado nas principais praças de negociação do país. Em dia de relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a commodity teve um dia bastante volátil em Chicago, flutuando entre os US$ 12,47 e US$ 12,67 por bushel e fechando com ligeiros ganhos. Após duas sessões seguidas de firmes perdas, a moeda norte-americana registrou alta significativa, flertando novamente com o patamar de R$ 5,60 por dólar. Diante de um relatório neutro, sem impactos relevantes no mercado, os agentes permanecem ausentes e somente lotes pontuais seguem sendo comercializados no país.
RS: dia de preços firmes no disponível em um mercado bastante lento. Na região portuária do estado, para embarque imediato e pagamento curto, indicações de compra entre R$ 171 e R$ 173 por saca CIF. No interior do estado, indicações até R$ 170 por saca FOB para embarque e pagamento no mesmo período.
PR: mercado pouco agitado em dia de cotações apenas nominais. Para embarque imediato e pagamento em meados do mês de janeiro de 2022, indicações de compra entre R$ 167,50 e R$ 168 por saca CIF na região portuária. Na região oeste do estado, indicações nominais na faixa de R$ 163 por saca para embarque e pagamento no mesmo período.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam em alta no grão e no farelo, e em queda no óleo na quinta-feira. Nas posições spot, ganhos de 0,27% no grão e de 0,87% no farelo, e perdas de 1,20% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato janeiro/22 do grão atingiu a máxima de US$ 12,67 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 12,6450 por bushel.
• Com o relatório neutro do USDA, o mercado subiu pelos sinais de boa demanda pelo produto americano.
• As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1 de setembro, ficaram em 1.637.900 toneladas na semana encerrada em 2 de dezembro. Representa um avanço de 54% frente à semana anterior e uma elevação de 27% sobre a média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 893.400 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1 milhão e 1,7 milhão de toneladas.
• Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 280.000 toneladas de soja em grão para destinos não revelados. Do total, 140 mil toneladas serão entregues na temporada 2021/22 e 140 mil toneladas na temporada 2022/23.
• O relatório de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,425 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 120,43 milhões de toneladas. A previsão é a mesma do relatório de novembro. A produtividade foi mantida em 51,2 bushels por acre.
• Os estoques finais estão projetados em 340 milhões de bushels ou 9,25 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 353 milhões ou 9,6 milhões de toneladas. Não houve alteração na comparação com o relatório anterior.
• O USDA indicou esmagamento em 2,190 bilhões de bushels e exportação de 2,050 bilhões, também repetindo as estimativas do mês anterior.
• O USDA projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 381,78 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 102 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 104,3 milhões de toneladas. Em novembro, o USDA indicou estoques de 103,78 milhões de toneladas.
• A projeção do USDA aposta em safra americana de 120,43 milhões de toneladas, mantendo o número do relatório anterior. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 144 milhões de toneladas, sem alterações. A safra da Argentina está estimada em 49,5 milhões de toneladas, também sem alteração. As importações chinesas foram mantidas em 100 milhões de toneladas.
• Para a temporada 2020/21, a estimativa para a safra mundial ficou em 366,23 milhões de toneladas. Os estoques de passagem estão projetados em 99,81 milhões de toneladas. O mercado apostava em estoques de 100,4 milhões de toneladas.
• A produção do Brasil foi mantida em 138 milhões de toneladas. Já a safra argentina ficou em 46,2 milhões de toneladas. A previsão para as importações chinesas foi mantida em 99,76 milhões.
CHINA O Kaisa Group Holdings Ltd., que em 2015 se tornou uma das primeiras incorporadoras chinesas a entrar em default no exterior, voltou a ficar inadimplente depois de não pagar um título de US$ 400 milhões que venceu esta semana, segundo a agência de classificação de risco Fitch Ratings . As informações são da agência de notícias "Dow Jones".
CÂMBIO O dólar comercial fechou em R$ 5,5750, com alta de 0,72%. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o temor pelo risco global de inflação e os dados positivos da economia norte-americana, que dá cada vez mais indícios da recuperação financeira, o que poderia antecipar o aumento dos juros naquele país.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.