DÓLAR E CHICAGO SOBEM, PREÇOS FÍSICOS AVANÇAM E NEGÓCIOS MODERADOS SÃO REGISTRADOS NO PAÍS
Na sexta-feira, o mercado interno de soja encerrou a semana com ritmo moderado nas principais praças de negociação do país. A commodity segue acumulando ganhos em Chicago. Com a nona alta seguida, a soja chegou a encostar no patamar de US$ 15,50 ao longo do dia. Em movimento de correção, a moeda norte-americana interrompeu a maior sequência de quedas desde meados de 2017 e também fechou no campo positivo, contribuindo para mais um dia de avanço nos preços internos. Segundo rumores, pelo menos 50 mil toneladas de soja trocaram de mãos ao longo do dia. Ainda com bastante umidade no norte do país, os trabalhos de colheita da nova safra brasileira de soja atingem 91,3% da área total estimada.
RS: mercado calmo no estado e cotações firmes. Na região portuária do estado, para embarque e pagamento em meados de maio/junho’21, indicações nominais entre R$ 184 e R$ 185 por saca CIF, enquanto no spot a indicação fica em R$ 184. No interior do estado, comprador indicando entre R$ 178 e R$ 179 por saca FOB para embarque e pagamento curtos.
PR: dia de preços nominais e mercado pouco agitado. Para embarque e pagamento em meados de julho/21, indicação de compra na faixa de R$ 184,50 por saca CIF na região portuária. Na região oeste, indicação de compra até R$ 177,50 por saca para embarque no mês de abril e pagamento no final de maio.
CHICAGO (CME/CBOT) Na Chicago Board of Trade (CME/CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam mistos no grão, no farelo e no óleo na sexta-feira. Nas posições spot, ganhos de 0,42% no grão, de 0,09% no farelo e de 0,30% no óleo. No melhor momento do dia, o contrato maio/21 do grão atingiu a máxima de US$ 15,4975 por bushel. Ao final da sessão, trocou de mãos a US$ 15,3975 por bushel. Por volta das 14h (Brasília), a soja operava com ganhos de até 10,25 pontos nos principais vencimentos. O vencimento jul/21 operava com ganhos de 6 pontos, com negócios a US$ 15,2025 por bushel. • Na maior parte do dia, os preços recuaram por um movimento de realização de lucros.
• Estas perdas tiveram caráter técnico. Em termos fundamentais, o mercado segue sustentado pelo cenário fundamental, que combina demanda aquecida e aperto nos estoques americanos e globais. As baixas temperaturas, dificultando o desenvolvimento inicial do plantio nos Estados Unidos, completa o cenário positivo.
• Na semana, a posição julho subiu 6,5%. Nas nove sessões consecutivas de alta, a valorização é de cerca de 10%.
• O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou hoje a venda de 132 mil toneladas de soja em grão por parte dos exportadores privados para a China, com entrega na temporada 2021/22.
ARGENTINA A Secretaria de Comércio Interno da Argentina, Paula Español, garantiu que o Governo tem em pauta um aumento de retenções na fonte, entre uma série de medidas, para conter a inflação de preços. "Para desacoplar os preços de exportação do preço doméstico, é necessário tomar medidas como cotas, retenções ou declarações juradas", disse a funcionária. Em declarações à rádio, ela reconheceu que ao fazer o Orçamento deste ano não contemplou a segunda onda de coronavírus e o aumento dos preços internacionais. Assim, ela relatou que pretendem levar certas medidas, como declarações de exportação, aumento de retenções ou "renda". Sobre este último, indicou que "uma parte fica aqui e é vendida a um preço que não acompanha o aumento do preço internacional e o resto se exporta".
CÂMBIO O dólar comercial fechou em alta de 0,80% no mercado à vista, cotado a R$ 5,4990 para venda, e interrompeu a maior sequência de quedas desde setembro de 2017 - sete seguidas - em movimento descolado do exterior e de correção local após o presidente Jair Bolsonaro, finalmente, sancionar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 ontem, na data limite. Com isso, a moeda teve o pior desempenho entre as principais moedas de países emergentes na sessão.
Fonte: CMA Group - Safras & Mercado.